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Montagem de camarotes e obra de reparo em cobertura do TCA são interditadas

Fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho (SRT) identificou irregularidades em condições de segurança de operários

| Autor: Redação

Foto: Divulgação/SRT

Fiscais da Superintendência Regional do Trabalho (SRT) interditaram três camarotes que estavam sendo montados para o Carnaval nos circuitos Barra-Ondina e do Campo Grande, em Salvador. Segundo o órgão, dois equipamentos tiveram interdição total, enquanto o terceiro foi parcialmente interditado. As notificações, emitidas na semana passada, apontam irregularidades nas condições de trabalho dos operários. Os nomes dos camarotes não foram divulgados.

De acordo com nota divulgada pela SRT, a obra de recuperação do telhado do Teatro Castro Alves (TCA) também foi interditada pelo mesmo motivo.  Em janeiro, o espaço foi atingido por um incêndio.

Procurada pelo Varelanet, a Secretaria de Cultura do Estado, responsável pelo TCA, informou que, assim que foi notificada sobre as condições de trabalho no serviço de reforma do equipamento, determinou a imediata suspensão do reparo para que sejam adotadas as condições adequadas de trabalho.

Em nota, a pasta disse que a empresa Mundi Engenharia e Construtora LTDA — contratada pela Superintendência de Patrimônio (Supat) para realização do serviço— vai protocolar ainda hoje no Ministério Público Federal do Trabalho toda a documentação exigida em resposta à notificação.

"O serviço de reparação do telhado será retomado assim que a documentação for apreciada pela Superintendência Regional do Trabalho e as condições de trabalho forem adequadas", diz o comunicado.

“Irregularidades geram acidentes”

Lidiane Barros, chefe do setor de fiscalização em segurança e saúde do trabalho do órgão, diz que todas as interdições ocorreram devido a irregularidades nas condições de trabalho dos funcionários.

“São essas irregularidades que geram os altos números de acidentes na construção civil. A inexistência de proteção coletiva, a não elaboração de análise de risco e a falta de capacitação e exames específicos para o trabalho em altura revelam uma cultura de não priorização da gestão em saúde pelos empregadores e consequente precarização das relações de trabalho”, afirma Barros.


 

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