NotíciasCidade"Me algemaram para tentar intimidar", diz professora arrastada por PMs

"Me algemaram para tentar intimidar", diz professora arrastada por PMs

Caso aconteceu na Câmara de Vereadores de Maiquinique; ação foi filmada por pessoas que estavam em sessão

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/Redes Sociais

A professora aposentada arrastada por políciais militares na Câmara de Vereadores de Maiquinique, no sudoeste da Bahia, afirma que o ato foi uma forma de intimidaação. O caso aconteceu durante uma sessão nesta segunda-feira (15). A corporação diz que apura os fatos.

''Fiz essa bandeirinha da paz. Eu não falei nada e, para forçar e intimidar. me arrastaram e algemaram. Estou com escoriações da hora que o policial me puxou com algema'', ralatou a docente em vídeos que circulam nas redes sociais.

Em outra gravação, ela mostra ferimentos no braço e no nariz que teriam sido causadas pela ação. Também disse sentir dores nas articulações. 

Em nota, a polícia afirmou que está apurando a situação e informou  que a mulher foi convidada a sair mais se recusou.

Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra dois policiais militares segurando-a pelos braços até a saída do plenário.

Segundo o vereador Ezequiel Ferraz (Podemos), a ordem para que a professora fosse retirada do local foi do presidente da Câmara, Lourisvaldo Rodrigues (Solidariedade), conhecido como Chico Batoré.  Ferraz repudiou a forma como a docente foi tratada. “Sabemos que nada justifica atos de manifestação ou perturbação diante dos ouvintes, porém, nós vereadores, temos o dever de legislar pela segurança da população. É lamentável o ocorrido e certamente não representa a grandeza da instituição”, disse Ferraz em nota.

Lourisvaldo Rodrigues não foi localizado pela reportagem.

Ao Varelanet, a Polícia Militar informou que os agentes que retiraram a professora do plenário foram acionados após Batoré afirmar que ela estava causando transtornos à realização dos trabalhos legislativos.  No local, diz nota da corporação, os militares confirmaram o fato.

De acordo com o texto, os militares então iniciaram um diálogo com a mulher, mas não obtiveram êxito, pois ela teria resistido à condução.

Conforme a PM, do lado de fora da Câmara, a pressão arterial da professora se elevou e ela foi levada por uma viatura a um hospital municipal para ser medicada. A condução foi acompanhada por um dos vereadores e por um advogado da Casa. Logo após o atendimento, a mulher foi deixada com familiares, acrescenta a nota.

 

Tags

Notícias Relacionadas