Golpe do gás: mulher salta de carro para não ser estuprada por motorista de app

Uma passageira que utilizava o serviço de transporte por aplicativo precisou se jogar do carro para escapar de uma tentativo de estupro. A mulher teria se sido dopada com uma prática conhecida como o "golpe do gás" durante a viagem no Distrito Federal, entre o Recanto das Emas e o Richo Fundo II, no último domingo (7). A Polícia Civil ouviu a vítima, identificou o suspeito, que nãpo teve o nome divulgado - e abriu investigação para apurar o caso. 

A vítima, auxiliar administrativa de 26 anos, relata que um grupo de amigos a deixou em uma parada de ônibus. Em seguida, ela solicitou a viagem por aplicativo, que chegou em um GM Ônix preto. “Tudo ocorria normalmente após ele me cumprimentar e dar boa noite. Passado algum tempo, começaram uma série de perguntas pessoais como: onde moro, com quem moro, o que eu fazia”, contou.

O motorista mantia olhar olhar fixo na moça pelo retrovisor. Em determinado momento, ele perguntou se ela desejava fechar as janelas, pois estava ventando. “Percebi que ele mexeu em alguma coisa no compartimento da porta e, logo depois, senti um cheiro muito forte, como se fosse éter ou clorofórmio”, lembrou.

Tontura, corpo gelado e perseguição
Após o início do forte cheiro, a vítima passou a sentir tontura e o corpo ficou gelado. “Era como se eu estivesse prestes a desmaiar. Fiquei desesperada e gritei para parar o carro, mas ele não obedeceu”, disse. O motorista teria perguntado o que a passageira estava sentindo. “Respondi, na hora, que estava passando mal, mas ele não parou. Naquele momento, percebi que ele havia alterado o percurso e não estava mais indo na direção da minha casa”, destacou.

A mulher precisou abrir a porta do carro em movimento para que finalmente o condutor parasse o veículo no acostamento. Assustada, ela saltou do Ônix e, mesmo cambaleante, começou a correr. “Ele estava tão louco que desceu e começou a me perseguir, gritando para eu parar e dizendo que iria me ajudar”. O motorista retornou para o veículo e deu início a uma caçada à passageira. “Ele deu a volta no quarteirão e parou entre alguns prédios, mas logo acelerou na minha direção”.

A passageira correu rumo à rodovia, enquanto gritava por ajuda. “Só ouvia ele me xingando de puta e vagabunda e mandando eu voltar. Por sorte, dois rapazes que passavam em um carro ofereceram ajuda. Eles achavam que se tratava de uma briga de casal. Quando o motorista viu que eu estava sendo ajudada, fugiu do local”, completou.