NotíciasCidadeEstudante sofre assédio moral e se acorrenta dentro de Universidade em protesto

Estudante sofre assédio moral e se acorrenta dentro de Universidade em protesto

O assédio moral começou após ela ter ajudado cinco mulheres do mesmo curso, que teriam sofrido assédio sexual

| Autor: Redação

Foto: Reprodução/TV Mirante

Uma estudante da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em São Luís, resolveu se acorrentar dentro da instituição de ensino para protestar contra o assédio moral que estaria sendo vítima.

Jamile Mondego, que é estudante do curso de Licenciatura Interdisciplinar em Estudos Africanos e Afro-Brasileiros, está acorrentada no Centro Pedagógico Paulo Freire. De acordo com Jamile, o assédio moral começou após ela ter ajudado cinco mulheres do mesmo curso, que teriam sofrido assédio sexual. O suspeito pelo assédio é um professor que já foi afastado depois das denúncias, em 2019. 

Após o caso, Jamile afirma estar sofrendo um tipo de vingança dentro do curso desde abril deste ano.

"Eu passei durante dois anos, junto com elas [as vítimas de assédio sexual], acompanhando elas, para elas provarem essa situação. Nós conseguimos, em um mês, afastar ele. Ele foi condenado no civil, teve que prestar serviços comunitários, infelizmente as penas contra assédio no Brasil não são suficientes para essas pessoas pararem com o que fazem. O processo administrativo gerou apenas 45 dias de contenção do salário e ele se achou no direito de voltar para cá. Então a gente precisa parar de criminalizar a mulher que luta contra isso. A gente tem que parar de chamar a mulher de louca porque a gente denuncia", declarou a estudante.

Até o momento, a Universidade Federal do Maranhão não se pronunciou sobre o caso.
 

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