NotíciasCidadeAgentes de saúde fazem protesto no Dique do Tororó e cobram reajuste salarial

Agentes de saúde fazem protesto no Dique do Tororó e cobram reajuste salarial

Grupo começa paralisação de 48 horas nesta terça-feira (10). O ato contou com a presença de lideranças sindicais e servidores

| Autor: Cássio Moreira*

Foto: Domingos Júnior / Varela Net

Os agentes de combate às endemias e agentes comunitários de Salvador iniciaram, em um ato na manhã desta terça-feira (10), a paralisação de 48 horas para reivindicar o reajuste do salário com base no piso estabelecido pela lei 120. 

A manifestação, que ainda contará com uma caminhada até a Estação da Lapa, contou com a presença de grande parte dos servidores, lideranças sindicais e nomes da política, como o deputado estadual Hilton Coelho (PSOL).

"Já tem sete anos que o nosso salário base é R$ 877,00. Agora foi aprovado no Senado a PEC 09, que virou a PEC 120, que já a egnte tem direito a ter dois salários mínimos e insalubridade (adicional). Estamos fazendo nossa movimentação aqui por conta do nosso reajuste, porque são sete anos com um salário de de R$ 877,00, é isso que nós ganhamos. Hoje estamos fazendo uma caminhada até a Estação da Lapa", disse Cleber Mascarenhas, diretor da Associação de Agentes Comunitários e Agentes de Endemias. 

"São quase 3.500 servidores concursados. Com essa PEC 120, não podemos ser terceirizados. É importante deixar claro para o prefeito que não pode terceirizar essa categoria, essa categoria tem que ser contratado [...] Precisa de concurso público, porque está aí o aumento da dengue, que significa que tem uma defasagem de agentes de endemias. Está faltando, porque os agentes visitam os domicílios, fazem o elo da comunidade com a unidade de saúde. Precisamos dessas contratações de imediato, já não temos concursos há quase 13 anos", finalizou Cleber. 

Já Nildo Pereira, diretor do Sindicato dos Servidores Públicos (Sindseps), aponta a falta de diálogo com a Prefeitura de Salvador desde a gestão de ACM Neto (União Brasil). Ele também afirma que Salvador é a única capital que não paga o salário dentro do piso. 

"É um pleito antigo. Desde 2014 que os agentes de saúde reivindicam um piso nacional, que hoje em R$ 1550,00 e a Prefeitura não paga. Agora foi aprovada uma PEC elevando esse piso para R$ 2.224,00, e até o momento a Prefeitura não se pronunciou a respeito;. Já são sete anos sem nenhum posicionamento da Prefeitura, estamos com salário defasado, com piso que a Prefeitura de Salvador é a única do Brasil que não paga, e categoria reivindica que os nosso direitos respeitados pela gestão, que desde ACM Neto não negociam conosco", pontuou Nildo. 

Presente no ato, o deputado Hilton Coelho cobrou que o prefeito Bruno Reis (União Brasil) siga as demais cidades e implante o salário dentro do piso para os servidores. Ele também classificou a aprovação da PEC 120 como uma vitória aos servidores.  

"É uma categoria que se afirma diante de todo o povo, então a gente precisa comemorar isso. E precisamos dizer ao prefeito Bruno Reis que não vamos aceitar nada menos que a Prefeitura respeite essa categoria que o Brasil já respeita, e pague o piso em Salvador. A nossa luta é essa e vamos sair vitoriosos também", destacou Hilton.

A paralisação segue na quarta-feira (11), com o retorno do efetivo total de funcionários acontecendo apenas na quinta-feira (12), como previsto inicialmente. 

* Sob a supervisão do editor Rafael Tiago Nunes

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