NotíciasCidade Acusado de morte de Marielle Franco foi ajudado por Bolsonaro em 2009

Acusado de morte de Marielle Franco foi ajudado por Bolsonaro em 2009

Ronnie Lessa contou uma ajuda recebida do presidente em 2009

| Autor: Redação

Foto: Reprodução TV Globo


Preso por conta da acusação de ser o responsável por executar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o seu motorista, Anderson Gomes, no centro do Rio de Janeiro, em 2018, o policial militar reformado Ronnie Lessa confirmou ter sido ajudado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em um episódio em 2009.

Em entrevista à revista Veja, o policial reformado disse que foi ajudado por Bolsonaro, que na época era deputado federal, em seu atendimento na Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação, no Rio de Janeiro, após perder parte da perna esquerda na explosão de uma bomba em seu carro.

Apesar da ajuda, Lessa negou haver qualquer tipo de contato com o Presidente da República. “Bolsonaro era patrono da ABBR. Quando soube o que aconteceu, interferiu. Ele gosta de ajudar a polícia porque é quem o botou no poder. Podia ser qualquer outro policial”, disse. 

Além da ajuda em 2009, o sargento reformado tinha uma ligação indireta com Jair Bolsonaro, era vizinho do político, em um condomínio fechado no bairro da Barra da Tijuca, e negou haver qualquer contato com ele.

“É um cara esquisito. Se vi cinco vezes na vida, foi muito. Um dia cumprimenta, outro não, e mesmo assim só com a mãozinha. E nunca vi os filhos dele”, garante. 

Mesmo Lessa negando participação na execução de Marielle, a promotoria está convicta da condenação do acusado. Nos quatro anos de investigações já passaram cinco delegados e duas promotoras, que deixaram o caso alegando “interferências externas” e chegou a ser cogitada para seguir a esfera federal.
 

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