NotíciasBrasilPorto Alegre em alerta: Cheia histórica e ações de resgate

Porto Alegre em alerta: Cheia histórica e ações de resgate

Cidade vive momento de bastante atenção com a chuva

| Autor: Redação

Foto: Márcio Peixoto

A situação em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, é crítica após a cheia histórica do Rio Guaíba, que levou à evacuação do centro da cidade. A prefeitura e os grupos de socorro têm trabalhado juntos para mitigar os efeitos devastadores das chuvas torrenciais na região.

O nível das águas do Rio Guaíba pode atingir até 5 metros nesta sexta-feira (3), ultrapassando a marca histórica de 1941, de acordo com relatos. O quadro é preocupante, pois várias áreas da capital gaúcha e cidades próximas foram inundadas, forçando os residentes a serem evacuados, muitos dos quais já tiveram que lidar com enchentes há poucos meses.

O governo do Rio Grande do Sul divulgou um balanço alarmante que indica que, desde o início da semana, o número de mortos causados pelas tempestades que assolam o estado subiu para 37. Além disso, um total de 351.639 pessoas vivem em 235 municípios gaúchos, com 74 feridos e 74 desaparecidos. Mais de 23 mil foram desalojados e aproximadamente 8 mil estão em abrigos.

Devido aos mais de 100 trechos de rodovias estaduais e federais bloqueados, as equipes de socorro têm dificuldade em chegar às áreas mais atingidas. Devido à complexidade das circunstâncias, os resgates são realizados tanto por via aérea quanto por via aquática, quando possível.

Após o volume de água do Rio Guaíba superar 4,6 metros acima do nível normal, o governo federal fechou as pontes e permitiu o trânsito apenas para ambulâncias e veículos de resgate. O objetivo da medida, disse Renan Filho, ministro dos Transportes, é proteger a população, especialmente agora que o recorde de 1941 está próximo.

As preocupações com a segurança não se limitam às barragens na região. Ações imediatas são necessárias para salvar vidas porque as barragens de Bugres, em Canela, e 14 de Julho, em Cotiporã e Bento Gonçalves, correm o risco de romper. A situação é ainda mais grave porque duas outras barragens sob a supervisão da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura estão em risco de colapso.

Diante desse cenário difícil, as autoridades locais e federais continuam trabalhando arduamente para minimizar os efeitos das enchentes e proteger a população. Os níveis das águas provavelmente continuarão subindo nas próximas horas, agravando ainda mais a situação.

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