NotíciasBrasilNível do Guaíba em Porto Alegre baixa, mas situação permanece crítica

Nível do Guaíba em Porto Alegre baixa, mas situação permanece crítica

Mesmo com a redução, o rio permanece acima da cota de inundação, enquanto moradores enfrentam desafios e autoridades lidam com consequências dos temporais no Rio Grande do Sul

| Autor: Redação

Foto: Divulgação/Concresul

De acordo com medições realizadas nesta quinta-feira (9) às 15h30 no Cais Mauá pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o nível do rio Guaíba em Porto Alegre atingiu 4,90 metros, uma queda significativa desde sábado (4).

Apesar dessa diminuição, o Guaíba ainda está acima da cota de inundação de 3 metros. Por outro lado, moradores dizem que a água que inundava as ruas da capital parecia permanecer estável e até recuando em algumas áreas.

No entanto, a situação no estado ainda é crítica. O boletim mais recente da Defesa Civil do Rio Grande do Sul relata que os temporais já causaram 107 mortes, com um óbito em investigação. Além disso, mais de 327 mil pessoas estão fora de casa, das quais 68.519 estão em abrigos, e 134 desaparecidos e 754 feridos.

Aproximadamente 1.742 milhão de pessoas são afetadas pelas enchentes, que ocorreram em 431 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul. O centro de Porto Alegre, particularmente aquele próximo ao Guaíba, foi o mais afetado pelo transbordamento do rio, que provocou alagamentos em grandes quantidades.

Devido à inundação, o Aeroporto Internacional Salgado Filho e a Rodoviária de Porto Alegre estão fechados. Enquanto isso, novos alagamentos foram registrados em bairros como Menino Deus. Isso agravou ainda mais a situação já crítica.

Na manhã de domingo (5), um novo recorde de nível do Guaíba foi estabelecido, atingindo 5,33 metros. O Instituto de Pesquisas Hidroviárias (IPH) projeta que levará pelo menos trinta dias para que o rio volte ao nível abaixo dos 3 metros.

Dois fatores principais contribuíram para a resistência das águas elevadas: o escoamento de grandes quantidades de água das bacias dos rios da região para o Guaíba, formando uma espécie de funil que retém as enchentes; e os ventos que sopram do sul do litoral para o continente, empurrando a água da Lagoa dos Patos no sentido contrário e causando inundações no Guaíba.

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