Moraes critica “pseudo-patriotas” por tentar impedir julgamento dos atos golpistas
Ministro chamou de “pseudo-patriotas” os brasileiros que, segundo ele, atuam do exterior para desestabilizar a Corte e o país

Foto: Antonio Augusto/STF
O ministro Alexandre de Moraes afirmou nesta sexta-feira (1º), durante sessão no Supremo Tribunal Federal (STF), que uma organização criminosa tenta submeter o funcionamento da Corte ao julgamento de autoridades estrangeiras. Ele classificou o grupo como “covarde e traiçoeiro” e disse que é formado por “pseudo-patriotas”.
“Temos visto recentemente as ações de diversos brasileiros que estão sendo ou processados pela PGR ou investigados pela PF. Estamos vendo diversas condutas dolosas e conscientes de uma organização criminosa que age de maneira covarde e traiçoeira, com a finalidade de tentar submeter o funcionamento do STF ao crivo de autoridade estrangeira”, declarou Moraes.
O ministro destacou que os integrantes do grupo estão fora do Brasil. “Covarde porque esses brasileiros, pseudo-patriotas, encontram-se foragidos e escondidos fora do território nacional. Não tiveram coragem de permanecer no país e atuam por meio de atos hostis”, afirmou.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está nos Estados Unidos desde março e alega ter convencido o governo norte-americano a impor sanções contra Moraes. Ele também pressiona o Congresso Nacional pela aprovação da anistia aos envolvidos em uma trama que, segundo as investigações, tinha como objetivo a execução de um golpe de Estado.
Moraes finalizou reforçando que as instituições brasileiras não se “vergarão” a ameaças externas. “A soberania nacional não pode, não deve e jamais será vilipendiada, negociada ou extorquida, pois é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil”, disse.