"Dia da Cegonha Reborn" é aprovado em Câmara, mas prefeito veta a proposta
Repercussão negativa nas redes sociais levou à revogação do projeto

Imagem ilustrativa de um bebê reborn |Foto: Reprodução/Freepik
O projeto de lei que instituía o “Dia da Cegonha Reborn” foi aprovado pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro no final de maio, mas recebeu veto integral do prefeito Eduardo Paes (PSD), nesta segunda-feira (2). A proposta, que visava criar uma data comemorativa em 4 de setembro para homenagear as artesãs que produzem bonecas super-realistas conhecidas como reborn, gerou grande repercussão, principalmente nas redes sociais, onde a crítica à medida foi contundente.
O autor da proposta, o vereador Vitor Hugo (MDB), justificou a criação da data como uma forma de reconhecimento para as mulheres que dedicam suas vidas à produção dessas bonecas, que, segundo ele, têm importância terapêutica. De acordo com o vereador, as cegonhas reborn são usadas em tratamentos para mulheres que enfrentam depressão, luto e outras questões emocionais. "São artesãs que encontraram na arte de criar essas bonecas uma forma de cura e amor", afirmou em suas redes sociais. Além disso, ele ressaltou que as bonecas também são empregadas como forma de memória para pais que perderam filhos.
Porém, a reação popular não foi favorável. A criação da data foi vista por muitos como um desvio das questões mais urgentes e relevantes para a cidade, gerando uma série de críticas nas plataformas digitais. "Olha a preocupação dos vereadores do Rio de Janeiro", ironizou um internauta. Outros questionaram a prioridade da Câmara em aprovar um projeto como esse, considerando os desafios sociais mais prementes. "Vereador no Brasil tinha que acabar", sugeriu outro.
O veto de Paes foi expresso de maneira simples, mas direta, por meio das redes sociais: "Com todo respeito aos interessados, mas não dá". A decisão de barrar o projeto, embora tenha sido comemorada por aqueles que criticaram a aprovação inicial, também gerou debate sobre o papel da política em iniciativas consideradas incomuns e sobre como temas controversos devem ser tratados pela gestão pública.