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Deputado pede apoio das Forças Armadas após decisão de Moraes

Coronel Chrisóstomo faz referência ao golpe de 1964 e cobra atuação da imprensa; Portinho afirma que fala foi "posição individual"

| Autor: Redação - Varela Net
Deputado durante coletiva

Deputado durante coletiva |Foto: Andressa Anholete / Agência Senado

Após a decisão do ministro Alexandre de Moraes de impor medidas cautelares contra Jair Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, o terceiro vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, Coronel Chrisóstomo (PL-RO), pediu apoio das Forças Armadas. A solicitação foi feita nesta sexta-feira (18), durante entrevista coletiva de parlamentares da oposição.

Em seu pronunciamento, o deputado declarou: "Só quero fazer um último pedido às Forças Armadas. Eu sou das Forças Armadas, me orgulhava das Forças Armadas, me orgulhei das Forças Armadas em 64, embora fosse ainda menino, criança. Hoje eu quero dizer o seguinte: Forças Armadas, estejam ao lado do povo brasileiro, estejam ao lado da democracia", afirmou.

Durante sua fala, Chrisóstomo mencionou o golpe militar de 1964 duas vezes e também direcionou críticas à atuação da imprensa. "Na década de 60, em 64, a imprensa agiu em favor do povo. Está na hora da imprensa brasileira agir em favor do povo brasileiro", declarou.

Logo após as declarações, o deputado foi interrompido e não voltou a falar. O líder do PL no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), interveio, afirmando que "a posição do parlamentar é individual e ele tem o direito de falar".

Questionado sobre o posicionamento da oposição quanto a uma eventual interferência das Forças Armadas em decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), Portinho respondeu: "O que a gente quer é democracia. O que a gente não tem no país hoje é uma democracia real."

Na mesma data, o ministro Alexandre de Moraes determinou medidas restritivas contra Bolsonaro. Entre elas, estão reclusão domiciliar, uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de uso das redes sociais.

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