Após prisão do pai, Flávio Bolsonaro promete ofensiva e pede impeachment de Moraes
Segundo Flávio, o Supremo Tribunal Federal agiu de forma política ao alterar sua jurisprudência apenas para manter Jair Bolsonaro em prisão domiciliar

Foto: Lula Marques/ Agência Brasil
Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (5), no Congresso Nacional, parlamentares das bancadas de oposição na Câmara e no Senado reagiram à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, teve papel de protagonismo durante o encontro com a imprensa, ao anunciar os próximos passos da oposição.
Segundo Flávio, o Supremo Tribunal Federal agiu de forma política ao alterar sua jurisprudência apenas para manter Jair Bolsonaro em prisão domiciliar. "Toda a jurisprudência do Supremo foi alterada para manter Bolsonaro lá [em prisão domiciliar]. Esse é um ponto. Toda a jurisprudência do Supremo foi alterada para manter Bolsonaro lá. Michel Temer e Lula foram julgados onde? Na primeira instância, como deveria estar acontecendo com o presidente Bolsonaro. Mas há ali uma articulação para que se mudasse esse entendimento", disparou o senador.
A entrevista contou também com a presença do deputado federal baiano Capitão Alden (PL-BA), entre outros nomes da oposição. O grupo anunciou que vai priorizar três pautas principais nos próximos meses: a proposta de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, o impeachment do ministro Alexandre de Moraes e o avanço da PEC que prevê o fim do foro privilegiado para parlamentares.
Flávio Bolsonaro reforçou a importância de aprovar com urgência essa última medida. Para ele, o foro tem sido utilizado como forma de pressionar o Congresso. “Isso não pode mais continuar sendo usado como um instrumento de pressão sobre deputados e senadores que acabam tendo que, muitas vezes, não fazer aquilo que é obrigação dele porque podem sofrer algum tipo de ameaça em função de processos que estão no Supremo", afirmou.
O senador também defendeu que os processos que envolvem parlamentares voltem a ser julgados em primeira instância. “É fundamental que isso volte para a primeira instância, porque é uma instância de empoderar a população, a maioria da população. Eu tenho certeza que essa iniciativa em especial vai ter o apoio maciço, majoritário, esmagador de todo o Congresso Nacional", concluiu.