João Roma culpa Lula por tarifa dos EUA e reafirma pré-candidatura ao governo da Bahia
Presidente do PL na Bahia criticou relações internacionais do governo e defendeu Bolsonaro

João Roma |Foto: Antonio Molina / Estadão
O presidente do Partido Liberal (PL) na Bahia, João Roma, atribuiu à política externa do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a responsabilidade pela taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. A declaração foi dada durante entrevista ao programa Linha de Frente, da Rádio Antena 1, na noite desta segunda-feira (14).
“É óbvio que ninguém vai comemorar uma taxação de 50% sobre os produtos brasileiros, mas tem nome e sobrenome o responsável por essa medida norte-americana: é a política externa de Luiz Inácio Lula da Silva”, afirmou Roma, que foi ministro da Cidadania no governo Jair Bolsonaro.
O dirigente do PL baiano também defendeu a reconquista dos direitos políticos de Bolsonaro, atualmente inelegível, e disse que sua exclusão do pleito de 2026 “foi desproporcional” e “contribui para o atual cenário de instabilidade”.
Roma ainda criticou a condução diplomática do Brasil no atual governo, citando suposto afastamento até mesmo de aliados internacionais: “Quem falou mal do dólar não foi o BRICS, foi Lula. E a Índia já está querendo sair do BRICS”, declarou.
O ex-ministro acusou o governo federal de se aproximar de grupos radicais e defendeu que facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC) sejam classificadas como organizações terroristas. Para justificar sua fala, ele mencionou um crime brutal ocorrido em Eunápolis, no extremo sul da Bahia.
Por fim, João Roma reafirmou sua pré-candidatura ao governo da Bahia, onde o atual governador e o ex-governador, ainda não se pronunciaram sobre uma possível candidatura, e fez duras críticas às gestões petistas que, segundo ele, deixaram o estado para trás. “Estados como Espírito Santo, Minas Gerais, Sergipe e Goiás, que tinham PIBs menores, já estão quase ultrapassando a Bahia. A alta carga tributária afasta investimentos e piora a vida dos baianos”, concluiu.