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Vacina 100% brasileira para Covid-19 chega a fase final dos testes

Vacina 100% brasileira para Covid-19 chega a fase final dos testes

A SpiN-TEC está sendo desenvolvida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)

| Autor: Redação/Varela Net

Foto: Divulgação/Universidade Federal de Minas Gerais

A vacina SpiN-TEC, a primeira contra a Covid-19 desenvolvida com tecnologia e materiais totalmente nacionais, avançou para a fase 3 dos testes clínicos – a última etapa antes da submissão para aprovação final pela Anvisa. Na última semana, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciou a conclusão da fase 2 dos ensaios em humanos e o início da nova fase, prevista para começar no início de 2026, com a participação de mais de cinco mil voluntários. Desenvolvida com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a iniciativa marca um feito inédito da ciência brasileira.

O ministério investiu R$ 140 milhões no desenvolvimento da vacina, por meio da RedeVírus, apoiando todas as etapas de testes, desde os ensaios pré-clínicos até as fases clínicas 1, 2 e 3. A vacina foi desenvolvida no CTVacinas/UFMG, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz em Minas Gerais (Fiocruz Minas), sob coordenação do professor Ricardo Gazzinelli, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG e da Fiocruz/MG. A nova fase de testes será coordenada pelo patrocinador (CT-Vacinas) e pelo Centro de Pesquisas Clínicas (CPC)/Hospital das Clínicas – UFMG e contará com voluntários de todas as regiões do País.

Os ensaios clínicos são etapas fundamentais no desenvolvimento de vacinas e medicamentos, garantindo segurança, eficácia e qualidade antes da aprovação para uso amplo. As etapas seguem uma sequência rigorosa, dividida em ensaios pré-clínicos e fases clínicas 1, 2 e 3: Antes de serem testados em humanos, vacinas e medicamentos passam por testes laboratoriais e em animais. Essa fase avalia a segurança e eficácia iniciais do produto.

Fase 1 – Segurança

É o primeiro teste em humanos, com foco na segurança do imunizante.

No caso da SpiN-TEC, 1.759 pessoas se candidataram aos testes, sendo 178 voluntários elegíveis. Nenhum efeito colateral grave foi registrado.

Fase 2 – Eficácia e efeitos adversos

Envolve um número maior de participantes. Para a SpiN-TEC, mais de 300 voluntários foram acompanhados por 12 meses, com coletas de sangue e consultas regulares.

Essa fase visa testar a eficácia da vacina e continuar o monitoramento de segurança.

Fase 3 – Testes em larga escala

Última e mais abrangente fase dos ensaios clínicos.

Estima-se que SpiN-TEC seja testada em 5.300 voluntários de todas as regiões do Brasil. Essa etapa confirma a eficácia em uma população diversificada, em condições reais, considerando diferentes faixas etárias, etnias e condições de saúde. Se aprovada nessa fase, a vacina poderá ser submetida à Anvisa para registro e disponibilização à população.

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