Vereador causa polêmica ao defender elevador de serviço em Salvador
Segundo Átila do Congo (Patriota), um único ascensor poderia causar desconforto quando funcionários o utilizassem para realizar atividades de trabalho
Foto: Assessoria de Átila do Congo
Em sessão da Câmara Municipal de Salvador, no Plenário Cosme de Farias, o vereador Átila do Congo (Patriota) foi criticado por Henrique Carballal (PDT) e pelas pessoas que estavam presentes na galeria ao afirmar que não há possibilidade de ter apenas um tipo de elevador na capital baiana. A declaração foi feita no início da tarde desta terça-feira (1).
De acordo com Átila, um único ascensor criaria desconforto em situações em que funcionários estariam com lixos, material de limpeza, roupas sujas e outros utensílios.
"É claro e evidente que o elevador de serviço, o qual eu me referi na questão do veto, que o elevador serve para conduzir materiais de serviço, inclusive coleta de lixo, condomínio, resíduos hospitalares, é isso, até porque em condomínio não se mora branco, mora negro também. Eu sou filho de negro e não sou racista, nem tampouco fascista, como fui chamado aqui, por apenas colocar uma posição", pontuou o vereador.
Conforme o parlamentar, muitos colegas utilizaram a sua fala para fazer palanque eleitoral, deturpando "uma questão de trabalho". "O elevador de serviço serve para fazer serviço, um pintor que estiver no prédio levar a tinta, coleta de lixo, roupas sujas de lavanderia, inclusive, são materiais que podem até transmitir doenças infecciosas, como a Covid. Por isso, colocar dessa forma, descontruir a fala do vereador Carballal, que foi meramente eleitoreira, é meu amigo, gosto dele, mas a forma dele foi eleitoreira, então eu sou racista? Sou fascista? Paciência", afirmou Átila.
A votação do veto do projeto de Carballal, que pede a retirada de placas de elevadores de serviço em Salvador, aconteceu na sessão desta terça-feira e foi mantida em manutenção.
*Sob supervisão do editor Alexandre Santos