Líder do PT na Câmara afirma que Eduardo Bolsonaro não ter sido cassado é um "escândalo"
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro foi indicado como líder da oposição na Câmara
Foto: Divulgação (1) | Pedro França/Agência Senado (2)
O deputado federal Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, criticou a movimentação da oposição, que nomeou Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como o líder da minoria na Casa. Segundo o petista, o "maior escândalo" em Brasília é o fato de Eduardo ainda não ter sido cassado, mesmo estando ausente do país e recebendo salários e benefícios normalmente.
Apesar de receber dinheiro, R$ 700 mil, ele [Eduardo Bolsonaro] não bota o pé aqui [na Câmara].
Lindbergh também acusou o deputado de conspirar contra o Brasil no exterior, inclusive defendendo sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal e até uma intervenção militar norte-americana.
"Ele tá lá conspirando contra o Brasil, lutando para impor sanções aos ministros do STF... Ele reconheceu, inclusive, que participou de reuniões com autoridades americanas, quando foram definidas aquelas tarifas. Anda agora a falar de intervenção militar norte-americana aqui dentro. E esse cara tá lá como deputado federal.", disparou Lindbergh.
O parlamentar acrescentou que a indicação foi uma “maracutaia” criada pelos bolsonaristas para blindar Eduardo no Conselho de Ética e evitar a abertura de processo de cassação.
"Agora ele tava para ser cassado, porque quando o deputado falta muito, vai ser cassado. Então eles deram um jeito absurdo de dizer que, como ele é líder da minoria, as faltas não vão contar para ele ser cassado, porque o líder não precisa registrar presença, uma maracutaia total.", complementou.
O petista ainda destacou que já abriu dois pedidos de cassação contra Eduardo Bolsonaro, e que os deputados da base do governo entrariam na Justiça contra a manobra da oposição.
"Nós estamos com o mandado de segurança pronto, porque quando esse ato for publicado na mesa, a gente vai entrar na justiça.", concluiu.