Jaques Wagner defende fim da reeleição e eleições gerais a cada cinco anos
Líder do governo no Senado critica modelo atual e diz que eleições de dois em dois anos prejudicam a gestão pública
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
O senador Jaques Wagner (PT-BA) defendeu as mudanças previstas no projeto que propõe o fim da reeleição e a realização de eleições gerais a cada cinco anos no Brasil.
Líder do governo Lula no Senado, Wagner afirmou que o modelo atual, com disputas eleitorais a cada dois anos, prejudica tanto os eleitores quanto os gestores públicos.
“Os prefeitos eleitos ou reeleitos acabaram de tomar posse, estão com 10 meses de mandato e qual é a conversa? É a eleição do ano que vem, não tem quem aguente. Para administrar é muito complicado. O assunto tem que ser o interesse da população e não só eleição”, disse o parlamentar em entrevista à Rádio Metrópole nesta sexta-feira (24).
Segundo o senador, o processo eleitoral constante atrapalha o planejamento e a execução de políticas públicas de longo prazo.
Wagner também afirmou que o Congresso Nacional será impactado pelo calendário eleitoral de 2026.
“No ano que vem, de maio pra frente é tchau e bença. No Senado não vai ter quórum, na Câmara não vai ter quórum. Vai estar todo mundo preocupado com as eleições e mergulhados em suas bases eleitorais”, previu.
A proposta, conhecida como PEC da Reeleição, já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e aguarda votação no plenário da Casa.
Entre as principais mudanças previstas estão:
- Fim da reeleição para presidente da República, governadores e prefeitos;
- Mandato de cinco anos para cargos do Executivo e Legislativo;
- Eleições gerais unificadas a cada cinco anos, a partir de 2034.