Gleisi reage a possível sanção dos EUA contra Congresso: “Crime intolerável contra soberania”
Ministra critica Eduardo Bolsonaro e acusa articulação com aliados de Trump por anistia a Bolsonaro
Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), fez duras críticas nesta sexta-feira (25) às movimentações que envolvem possíveis sanções do governo dos Estados Unidos contra os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil).
Em nota enviada ao portal Metrópoles, Gleisi condenou o que classificou como uma “ofensiva indecente” de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusando o deputado federal de atuar em articulação com aliados do ex-presidente norte-americano Donald Trump.
“A ameaça de Eduardo Bolsonaro aos presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, é um crime intolerável contra a soberania e a democracia no Brasil. A conspiração desse traidor da pátria com os agentes de Donald Trump descamba para uma chantagem cada vez mais indecente, exigindo anistia de Jair Bolsonaro e impeachment de Alexandre Moraes para suspender sanções dos EUA ao Brasil”, afirmou.
A reação ocorre após a divulgação de que Washington estaria avaliando impor medidas punitivas aos chefes do Legislativo brasileiro. A informação gerou forte repercussão política em Brasília.
Segundo Gleisi, a movimentação seria uma extensão das tentativas golpistas que marcaram o pós-eleição de 2022.
“Perderam a eleição, nunca reconheceram o resultado, tentaram dar um golpe, assassinar o presidente eleito, e agora querem uma intervenção estrangeira no Judiciário e no Congresso do nosso país. E ainda querem se passar por vítimas. Esse crime de lesa-pátria não pode ficar impune”, completou a ministra.
O caso intensifica a tensão entre governo e oposição e reacende o debate sobre a influência de atores internacionais na política brasileira. Até o momento, nem Eduardo Bolsonaro nem representantes do governo Trump comentaram oficialmente as declarações de Gleisi Hoffmann.