CPI do Crime Organizado é instalada nesta terça com foco em milícias e facções criminosas
Pedido de criação da CPI foi apresentado em 17 de junho, mas a iniciativa ganhou novo impulso apenas na semana passada
Foto: Roque de Sá/Agência Senado
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado será oficialmente instalada nesta terça-feira (4), às 11h, no Senado Federal. O colegiado terá como missão investigar a estrutura, a expansão e o funcionamento de organizações criminosas em todo o país, com destaque para a atuação de milícias e facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV).
O senador Otto Alencar (PSD-BA), de 78 anos, será o responsável por conduzir a sessão de abertura, por ser o parlamentar mais antigo entre os indicados para compor a comissão.
Autor do requerimento que propôs a criação da CPI, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) deverá assumir a relatoria dos trabalhos. Ainda não há, entretanto, um consenso sobre quem será o presidente do colegiado. As negociações continuam e devem ser concluídas nesta segunda-feira, com a chegada dos parlamentares a Brasília.
De acordo com o Regimento Interno do Senado, tanto o presidente quanto o vice-presidente de uma CPI devem ser eleitos pelos próprios integrantes. Após a eleição, o presidente é quem escolhe o relator responsável pela condução das investigações.
Em geral, esses cargos são definidos por acordo político entre os partidos, mas há precedentes em que o entendimento não foi possível, como ocorreu na CPI do INSS, quando a definição acabou sendo feita pelo grupo que detinha maioria dentro da comissão.
O pedido de criação da CPI foi apresentado em 17 de junho, mas a iniciativa ganhou novo impulso apenas na semana passada, após a crise de segurança no Rio de Janeiro desencadeada por uma operação policial contra o Comando Vermelho, que resultou em 121 mortes.
Diante da repercussão do episódio, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), marcou para esta terça-feira a data oficial de instalação da comissão.
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