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Centrão ensaia aproximação para compor governo Lula na Câmara

Centrão ensaia aproximação para compor governo Lula na Câmara

Bloco fisiológico liderado por Arthur Lira (PP) faz parte do governo Bolsonaro, que termina em dezembro

| Autor: Redação

Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil

Bloco fisiológico que forma a maioria da Câmara dos Deputados, o centrão, liderado pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP), começa a acenar para compor o governo Lula a partir de janeiro de 2023. Como contrapartida, o PT não criaria obstáculos para uma reeleição de Lira no comando do Legislativo no próximo ano. 

Atualmente, o 'centrão' faz parte da bae de sustentação do governo Bolsonaro, que saiu derrotado das urnas no domingo (30). Segundo os congressistas, ainda que Lula e seus aliados contem com parte do MDB, PSD e União Brasil, o presidente eleito teria a menor parte dos deputados, cenário que mudaria com a adesão do bloco. 

“Nossa posição é de independência. Acabou a eleição, agora é o Brasil. Temos pilares, ideais. Tudo o que for ao encontro, seria incoerente a gente votar contra. Por exemplo, moradia popular, uma nova Minha Casa, Minha Vida. Agora, o que contraria, aí não tem como apoiar, como uma revogação da modernização da legislação trabalhista. Isso, se vier, não vai ter o nosso apoio”, disse o deputado Vinícius Carvalho (Republicanos-SP) à Folha de São Paulo. 

Na próxima legislatura, que começa em fevereiro do próximo ano, o 'centrão' deve ter cerca de 200 deputados federais. Para aprovar uma emenda à Constituição, por exemplo, o governo precisa de 308 votos. PP, PL (partido do presidente Jair Bolsonaro) e Republicanos encabeçam o grupo, que ainda conta com siglas nanicas. 

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