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'Crime passional'; humorista mata e enterra Miss baiana em área de mata no Paraná

'Crime passional'; humorista mata e enterra Miss baiana em área de mata no Paraná

A jovem estava desaparecida desde o dia 2 de junho

| Autor: Redação - Varela Net

Foto: Reprodução/Redes sociais

Nesta segunda-feira (9), a Polícia Civil do Paraná encontrou o corpo de Raissa Suellen Ferreira da Silva, de 21 anos, eleita miss Serra Branca Teen da Bahia em 2020. A jovem estava desaparecida em Curitiba desde o dia 2 de junho e foi encontrada morta após a confissão do humorista Marcelo Alves, amigo de Raissa, que assumiu a autoria do crime.

Marcelo conduziu a polícia até uma região de mata no município de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. No local, a corporação fez escavações e encontrou o corpo da vítima enrolado em uma lona.

A vítima nasceu na cidade de Paulo Afonso, interior da Bahia, e vivia há três anos na capital paranaense. Segundo familiares, a garota se preparava para deixar Curitiba com destino a Sorocaba (SP) para trabalhar.

De acordo com a delegada Aline Manzatto, responsável pelo caso, o suspeito relatou que matou Raissa estrangulada, usando uma abraçadeira plástica. Marcelo também é baiano e afirmou conhecer Raissa desde a infância.

"Eles tinham já um relacionamento desde a infância. Ele treinou a Raissa no Kung Fu num projeto social que ele tinha na Bahia. Ele conhecia tanto a Raissa desde pequena, quanto toda a família da Raissa. Quando ele veio para cá [Curitiba], ele acabou convidando a Raissa também para uma oportunidade de emprego em Curitiba e, então, ele acabou tendo essa situação de se apaixonar por ela", disse a delegada.

A versão do suspeito é de que teria havido um encontro entre os dois para tratar de questões profissionais na segunda-feira (2), dia do crime. Na ocasião, Marcelo afirmou que ajudaria a jovem a conseguir um emprego em São Paulo.

No mesmo dia, ambos foram à casa de Marcelo e o humorista contou que estava apaixonado por Raissa, mas não foi correspondido e acabou sendo xingado por ela. 

"Isso despertou uma ira dele. Disse que ficou com ódio e descontrolado, que pegou o fio de plástico e estrangulou a vítima, deixando ela num cômodo da casa e indo para outro. Dez minutos depois, ele retorna e a Raissa já está em óbito", conta a delegada.

Após o homicídio, Marcelo teve a ajuda do filho para enrolar o corpo em uma lona e levar para uma área de mata no município de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, onde enterrou a vítima. Segundo o suspeito, seu filho tentou convencê-lo a se entregar às autoridades. O transporte do corpo foi feito no porta-malas de um carro emprestado por um amigo.

A defesa de Marcelo, representada pelo advogado Caio Percival, se pronunciou sobre o caso.

"Nós estamos falando e não há segredo nisso, é um crime passional. Marcelo é réu primário, Marcelo tem bons antecedentes, nunca pisou numa delegacia de polícia e infelizmente foi arrastado pelas barras da paixão a essa situação que foge, evidentemente, do normal. Nós temos uma causa de diminuição de pena que é a própria confissão e uma segunda causa de diminuição de pena que é o domínio de violenta emoção logo após injusta provocação da vítima, já que, em dado momento, houve uma discussão entre eles", afirmou Percival.
 

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