Trump eleva tom contra o Irã e exige acordo nuclear: 'Antes que não sobre mais nada'
Presidente norte-americano alegou ter oferecido diversas oportunidades
Foto: Reprodução/Redes sociais
Nesta sexta-feira (13), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou a pressão sobre o Irã, exigindo que o governo de Teerã firme um acordo em relação ao seu programa nuclear. Em uma publicação em sua rede social, Trump fez ameaças explícitas, afirmando que o Irã precisa agir “antes que não sobre mais nada”.
O presidente norte-americano alegou ter oferecido diversas oportunidades para que o Irã chegasse a um entendimento, mas, segundo ele, os esforços fracassaram. “Disse a eles, nas palavras mais firmes possíveis, para “apenas fazerem isso”, mas por mais que tentassem, por mais perto que chegassem, simplesmente não conseguiam concluir”, escreveu.
Trump ainda reforçou o poderio militar dos Estados Unidos e de Israel: “Os Estados Unidos fabricam os melhores e mais letais equipamentos militares do mundo — DE LONGE — e que Israel possui muitos deles, com muito mais a caminho — e eles sabem como usá-los”. Ele mencionou que líderes iranianos de linha-dura “falaram com bravura, mas não sabiam o que estava prestes a acontecer. Agora estão todos mortos, e a situação só vai piorar”.
O presidente concluiu o comunicado com um apelo dramático: “Chega de mortes, chega de destruição. Apenas façam isso, antes que seja tarde demais. Que Deus abençoe a todos!”.
As declarações vieram poucas horas após uma ofensiva israelense atingir dezenas de alvos em território iraniano. Relatos de explosões em Teerã e em outras cidades confirmam a ação militar, que, segundo o Exército israelense, visa conter o avanço do programa nuclear iraniano.
Desde que reassumiu a presidência em janeiro, Trump tem cobrado de Teerã um novo acordo nuclear. Desde abril, já foram realizadas cinco rodadas de negociações diretas entre os dois países, mas sem resultados concretos. O presidente americano chegou a ameaçar bombardeios contra instalações nucleares iranianas caso não haja progresso nas conversas.
A nova declaração desta sexta intensifica ainda mais a pressão. Um sexto encontro entre as delegações dos EUA e do Irã estava previsto para o próximo domingo (15), mas, diante do atual cenário de escalada, sua realização é incerta.
Em resposta ao ataque, o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, prometeu retaliação. Ele declarou que tanto Israel quanto os Estados Unidos “vão pagar caro” e que os israelenses enfrentarão “um destino amargo”.
As tensões entre Israel e Irã aumentam em meio a acusações de que Teerã estaria próximo de concluir o desenvolvimento de armas nucleares. Um oficial israelense afirmou que o Irã já possui urânio suficiente para fabricar bombas atômicas.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou que a principal meta do ataque foi a usina nuclear de Natanz, considerada o coração do programa iraniano de enriquecimento de urânio. Segundo ele, cientistas que trabalham nesse projeto também foram alvo dos bombardeios.
“Estamos em um momento decisivo na história de Israel”, declarou Netanyahu. Ele prometeu manter os ataques “por quantos dias forem necessários”, para conter o que classificou como uma “ameaça existencial do Irã”.
Como medida preventiva diante de possíveis represálias, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou estado de emergência e ordenou o fechamento do espaço aéreo do país.