Segundo relatório da ONU, 2025 pode ser um dos anos mais quentes já registrados

Um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), revelou que 2025 pode se tornar o segundo ano mais quente já registrado até hoje, sendo superado somente por 2024. Ainda segundo o relatório, os anos entre 2015 e 2025, terão sido individualmente os mais quentes nos 176 registros de observação.

De acordo com a pesquisa, de janeiro a agosto deste ano, a temperatura média próxima à superfície foi de 1,42 °C acima da média pré-industrial, um nível um pouco menor do que foi registrado no ano passado. Segundo a OMM, isso aconteceu por conta do fim do fenômeno El Niño, que elevou as temperaturas globais em 2023 e 2024.

Além disso, a organização ressalta que de junho de 2023 a agosto de 2025, um período de 26 meses, somente fevereiro de 2025 teve uma média global de temperatura mensal “significativamente” mais fria do que o mesmo mês de 2022 ou algum ano anterior.

O documento ainda destaca as crescentes concentrações de gases de efeito estufa, que atingiram níveis recordes em 2024 e continuaram a aumentar em 2025. 

Assim como mostra o relatório, a concentração atmosférica de gás carbônico (CO?) aumentou de cerca de 278 partes por milhão (ppm) no ano de 1750 para 423,9 ppm em 2024, o que representa um aumento de 53%. A taxa média de crescimento do CO? na última década foi de 2,57 ppm por ano, sendo que o aumento na concentração de 2023 para 2024 foi de 3,5 ppm, um recorde na história recente.

De acordo com o estudo, a queima de combustíveis fósseis tem sido a principal fonte de emissões humanas desde a década de 1950. As concentrações globais médias de metano (CH?) quase triplicaram entre 1750 e 2024, passando de 729 partes por bilhão (ppb) para 1.942 ppb. Já as concentrações de óxido nitroso (N?O) aumentaram de 270 ppb em 1750 para 338,0 ppb em 2024, um crescimento de 25%.