Comercial da Havaianas repercute na imprensa internacional
Repercussão acontece após polêmicas envolvendo ideologias políticas
Foto: Getty Images
O comercial recentemente lançado pela marca de calçados Havaianas gerou muitas polêmicas nos últimos dias. Estrelado por Fernanda Torres, a propaganda da marca virou tema destaque na imprensa internacional na última semana. Na propaganda, Fernanda diz não preferir começar o ano com o "pé direito", mas sim "com os dois pés". Políticos de direita, como Eduardo Bolsonaro (PL), Nikolas Ferreira (PL) e outros, afirmaram que a propaganda serviu como um tipo de 'indireta'.
"Desculpa, mas eu não quero que você comece 2026 com o pé direito. Não é nada contra a sorte, mas vamos combinar: sorte não depende de você, depende de sorte. O que eu desejo é que você comece o ano novo com os dois pés. Os dois pés na porta, os dois pés na estrada, os dois pés na jaca, os dois pés onde você quiser. Vai com tudo, de corpo e alma, da cabeça aos pés. Havaianas, todo mundo usa, todo mundo ama" disse Fernanda no comercial.
O New York Times afirmou que "São as sandálias de dedo favoritas do Brasil. Agora, a direita está boicotando" no título da reportagem, e destacou a importância dos chinelos na cultura brasileira.
"Mesmo com as divisões políticas fragmentando a maior nação da América Latina, o amor inabalável pelas sandálias Havaianas era algo em que a maioria concordava. 'Todo mundo usa', afirma o slogan da empresa. 'Todo mundo ama.' Isto é, até que o chinelo favorito do Brasil foi subitamente envolvido em uma tempestade política", destaca o texto, que cita a reação "imediata" dos conservadores por verem, no anúncio, uma mensagem política "direcionada ao seu movimento". Completou a reportagem do New York Times
As polêmicas também ganharam destaque no jornal britânico The Guardian: "Sem liderança desde que seu principal representante foi preso por tentativa de golpe, a extrema-direita brasileira encontrou um novo inimigo: a marca de chinelos Havaianas".
Já o francês Le Monde e o jornal espanhol El País descreveram como 'A mais recente obsessão' e relacionaram os boicotes à extrema-direita e ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
Varela Net agora mais perto de você: receba as notícias em tempo real no seu WhatsApp clicando aqui.