TCU enxerga irregularidades em viagem de Eduardo Bolsonaro aos EUA
Parecer foi enviado na sexta-feira (11)
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agencia Brasil
O Tribunal de Contas da União (TCU) considerou haver "indícios suficientes de irregularidade" em relação ao financiamento público do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), durante a sua estadia nos Estados Unidos da América (EUA).
O parecer da suspeita foi enviado na sexta-feira (11), pela diretoria de fiscalização dos poderes Legislativos e Judiciário do TCU e foi validado pela chefia de auditorias. Agora, está nas mãos do ministro relator, Benjamin Zymler, decidir se irá prosseguir a recomendação e pede à Mesa Diretora e à unidade de controle interno da Câmara dos Deputados a apuração dos indícios.
O processo de suspeita foi aberto pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). O parlamentar justificou que Eduardo Bolsonaro estaria promovendo articulações políticas contra a soberania brasileira. Vale lembrar que o filho do ex-presidente é uma das mais poderosas vozes que defendem a taxação de 50% dos Estados Unidos em cima do Brasil.
O psolista argumentou que a atitude do filho “03” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estaria no artigo do Código Penal que tipifica negociações com governo ou grupo estrangeiro, ou seus agentes, com o fim de provocar atos típicos de guerra contra o país ou invadi-lo.
Foi adotada como base pela diretoria do TCU as ausências do parlamentar, no relatório de presença em plenário do portal da transparência da Casa. O documento aponta que o deputado justificou, somente, uma das suas cinco faltas em sessões deliberativas em 2025, até o início de seu afastamento por licença para tratamento de saúde. Logo depois, ele foi afastado por interesses pessoais.
Conforme o TCU, o portal não apresentou indicativos de que tenha ocorrido o desconto na remuneração do parlamentar em virtude das formas, conforme o que determina as normas da casa.
A avaliação dos técnicos é que o caso deve ser apurado pela própria Câmara, uma vez que, caso comprovadas, as irregularidades não atingiram o mínimo de R$ 120 mil de danos aos cofres públicos.