Polícia Federal prende suspeitos de serem mandantes na morte de Marielle Franco
As prisões aconteceram na manhã deste domingo (24)
Foto: Reprodução
A Procuradoria Geral da República, o Ministério Público do Rio de Janeiro e a Polícia Federal realizaram uma operação na manhã deste domingo (24), que resultou na prisão de três suspeitos apontados como os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em março de 2018.
Os detidos são os irmãos Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, deputado federal pelo Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Além das prisões, foram emitidos 12 mandados de busca e apreensão, direcionados à sede da Polícia Civil do Rio e ao Tribunal de Contas do Estado. Durante a operação, os agentes recolheram documentos e aparelhos eletrônicos para análise pericial.
Os investigadores continuam a apurar a motivação por trás do crime, com evidências sugerindo uma relação com a expansão territorial das milícias no Rio.
A operação foi deflagrada nas primeiras horas do domingo para surpreender os suspeitos, pois informações de inteligência policial indicavam que eles estavam em estado de alerta nos últimos dias, após a homologação da delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Lessa, que está detido desde 2019 sob acusação de ser um dos executores do crime, identificou os mandantes em seu acordo de colaboração com a PF, fornecendo também informações sobre a motivação por trás do assassinato.
Segundo o ex-policial, os mandantes fazem parte de um grupo político influente no Rio, com interesses variados em diversos setores do Estado. Ele detalhou encontros com esses indivíduos e forneceu indícios sobre as motivações do crime.