MP investiga empresa de Virginia e 'WePink' pode ser proibida de realizar vendas online
Além da proibição, a empresa sofreu uma indenização de R$ 5 milhões
Foto: Divulgação
A WePink, marca de cosméticos da influenciadora Virginia Fonseca, se tornou alvo de uma investigação do Ministério Público (MP). Segundo a denúncia, a fornecedora apresenta algumas irregularidades nas vendas online e pede que a empresa não possa mais comercializar produtos através de lives nas redes sociais. Ainda de acordo com o órgão, existem alguns indícios de praticas abusivas e descumprimento de direitos do consumidor.
São mais de 90 mil reclamações registradas no "Reclame Aqui" apenas no ano de 2025. A Promotoria de Defesa do Consumidor, que é quem fez este levantamento, registrou ainda cerca de 340 registros no Procon, entre os últimos dois anos. Considerado alarmante, o número está alternado em problemas como atrasos nas entregas, falta de reembolso, produtos com defeto e até ausência nas respostas no atendimento ao cliente.
O Ministério Público, ainda afirmou que a empresa costuma remover críticas de consumidores nas redes sociais, além de vender outros produtos sem estoque disponível. Foi colocada uma indenização de R$ 5 milhões por danos morais coletivos e reembolso individual a quem foi prejudicado.
"A decisão impõe, ainda, que a empresa institua, no prazo de 30 dias, canal de atendimento humano, e não automatizado, acessível por telefone e outros meios, com resposta inicial obrigatória em até 24 horas. A Wepink deverá, ainda, divulgar em suas redes sociais e em seu site oficial informações claras sobre os direitos das(os) consumidoras(es) e os procedimentos para cancelamentos, trocas e reembolsos", diz a decisão.
Até então, Virginia e a WePink não se pronunciaram sobre a denúncia. Caso a ação seja acatada pela justiça, a empresa será obrigada a suspender as vendas realizadas em transmissões ao vivo, pagando multa diária de R$ 1 mil a cada descumprimento.