Toque de recolher imposto por facções muda a rotina de comunidades baianas

Na Bahia, o toque de recolher virou uma prática usada por facções criminosas para assustar e controlar moradores. Elas mandam fechar comércios, proíbem as pessoas de saírem de casa e, quem não obedece, corre risco de sofrer violência. Esse tipo de ordem não vem da polícia nem do governo, mas de criminosos que dominam algumas áreas.

O toque de recolher imposto por bandidos começou a surgir no Brasil por volta dos anos 2000, quando facções passaram a ter mais poder e influência sobre bairros inteiros. Na Bahia, esse problema ficou mais grave nos últimos anos, com grupos como o Comando Vermelho, PCC e a Anjos da Morte, que são conhecidos por usar ameaças para controlar as comunidades.

Casos recentes na Bahia

Um exemplo recente aconteceu em Caraíva, em Porto Seguro. Lá, a facção Anjos da Morte mandou os comerciantes fecharem as portas depois que um dos chefes do grupo, conhecido como "Alongado", foi morto pela polícia durante uma operação. Logo após a morte, circularam mensagens com ameaças, e o povo ficou com medo. O comércio parou, e as ruas ficaram vazias.

Em Salvador, o bairro de Vila Canária também viveu uma situação parecida. Depois que um traficante ligado ao Comando Vermelho morreu, criminosos armados passaram pelo bairro mandando todo mundo fechar as lojas e ficar em casa. Muitos obedeceram, temendo represálias.

Outro caso foi em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. Lá, depois que três suspeitos morreram em confronto com a polícia, bandidos mandaram a população se recolher e o comércio não abrir.

Por causa dessas ordens, a vida nas comunidades muda totalmente. As pessoas ficam presas em casa, os comerciantes perdem dinheiro e o medo toma conta das ruas.

O secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, disse que o Estado não vai aceitar que facções dominem as comunidades. Ele garantiu que a polícia está agindo para enfrentar os criminosos e proteger a população.

O toque de recolher imposto por facções mostra como esses grupos conseguem afetar a vida de quem mora nesses lugares, criando um clima de medo e insegurança. A população quer apenas poder sair de casa e trabalhar em paz, sem ter que se esconder ou viver com medo da violência.