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Zagueiro afirma ter sido hostilizado pela torcida e deixa o Vitória

Zagueiro afirma ter sido hostilizado pela torcida e deixa o Vitória

O atleta alega inadimplência, enquanto clube nega acusações.

| Autor: Redação

Foto: Victor Ferreira/EC Vitória

O zagueiro Bruno Uvini, de 33 anos, acionou a Justiça do Trabalho contra o Esporte Clube Vitória, cobrando cerca de R$ 5 milhões por supostos atrasos salariais. Contratado em abril de 2024, Uvini disputou apenas oito partidas pelo clube e afirma ter recebido somente um mês de salário em 2025. Segundo a defesa do jogador, a inadimplência de dois meses, conforme alteração na legislação trabalhista esportiva de 2023, justifica a rescisão contratual e o pagamento de todos os vencimentos até dezembro de 2025, quando se encerra o vínculo com o clube. A ação, que corre em segredo de Justiça, foi revelada pelo jornalista Jorge Nicola e confirmada por fontes próximas ao caso.  

O presidente do Vitória, Fábio Mota, nega veementemente as acusações de atraso salarial e acusa Uvini de abandonar o clube sem justificativa. Em entrevista ao portal A Tarde, Mota afirmou que o zagueiro rejeitou propostas de outros clubes e deixou Salvador na tarde de 12 de maio de 2025, configurando abandono de trabalho. O dirigente também relatou que Uvini se sentiu hostilizado pela torcida, especialmente após montagens circularem nas redes sociais, e pelo clube, que o colocou para treinar em horário separado do elenco principal desde janeiro, por decisão do técnico Thiago Carpini.  

A disputa ganhou contornos acirrados, com ambas as partes apresentando versões conflitantes. A defesa de Uvini, representada pelo advogado João Henrique Chiminazzo, sustenta que a falta de pagamento é suficiente para romper o contrato, com base na legislação que reduz de três para dois meses o período de inadimplência necessário para rescisão. Caso a Justiça reconheça a irregularidade, o Vitória pode ser condenado a pagar o valor integral do contrato, além de multas. O clube, por sua vez, aposta na tese de abandono para evitar a penalização, alegando que o jogador não cumpriu suas obrigações contratuais.  

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