Notícias
Esportes
Time de John Textor, Lyon é rebaixado para a segunda divisão na França

Time de John Textor, Lyon é rebaixado para a segunda divisão na França

Punição foi tomada por conta da crise financeira que o clube vive

| Autor: Redação - Varela Net

Foto: Christian Liewig/Corbis

O Lyon, tradicional clube francês, foi rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Francês, de acordo com a decisão tomada pela Direção Nacional de Controle e Gestão (DNCG) da Liga de Futebol Profissional da França (LFP). A punição veio por conta da crise financeira do clube, gerido pelo bilionário John Textor - dono também do Botafogo.

O clube já havia sido proibido de contratar na última janela de transferência de inverno na Europa, que acontece em janeiro. Além disso, em novembro de 2024, O clube também foi advertido pela DNCG que seria rebaixado administrativamente caso não melhorasse a sua situação financeira até junho deste ano. 

Em março deste ano, a Eagle divulgou os resultados financeiros do primeiro semestre da temporada 2024/25, com prejuízo líquido de 117 milhões de euros (cerca de R$ 723 milhões na cotação atual). Com esse "estrangulamento" financeiro, a DNCG esperava que os dirigentes do Lyon apresentassem garantias de, pelo menos, 100 milhões de euros para a atual temporada. 

Mesmo com os avisos, John Textor manteve a segurança e disse algumas vezes publicamente que a queda não seria concretizada. Ainda em novembro do passado, Textor apresentou seus planos para evitar o rebaixamento.  

O planejamento do bilionário consistia em três medidas principais:

- Aumento de receitas com vendas de jogadores da Eagle Football Holdings, um conglomerado de clubes a nível mundial que conta com participações majoritárias no Botafogo, Lyon e RWD Molenbeek.
- Abertura de capital da empresa na bolsa de Nova York
- Venda da participação do empresário no Crystal Palace

O plano de aumentar as receitas de transferências não deu tão certo para Textor, que teve sua maior venda com Luiz Henrique, que saiu do Botafogo para o Zenit por 35 milhões de euros. Para piorar a situação do bilionário, a DNCG resiste a aceitar o argumento de caixa único de Textor. 

Dessa forma, a transação mais cara do Lyon custou menos da metade de Luiz Henrique: o meia Caqueret trocou o clube francês pelo Como, da Itália, por 15 milhões de euros.

Na atual janela de transferências, o jovem Rayan Cherki foi comprado pelo Manchester City por 36,5 milhões de euros fixos (mais 6 milhões de euros em possíveis bônus), valor considerado baixo em relação às expectativas sobre o jogador.

Sobre as outras medidas no planejamento de Textor, a abertura de capital na bolsa de Nova York ainda não ocorreu. Enquanto isso, no último domingo, Textor vendeu sua parte no Crystal Palace para Woody Johnson, dono do New York Jets, time da NFL, em transação avaliada em 190 milhões de libras (R$ 1,4 bilhão).

Nesta terça, Textor foi ouvido pelo órgão em mais uma tentativa de evitar o rebaixamento.

"Todos sabem por quanto vendemos o Crystal Palace. Esse dinheiro está investido na Eagle. Obviamente, gostamos de usá-lo para pagar nossas dívidas. Também gostamos de disponibilizar parte dele para a empresa. A Uefa nos pediu para investir uma quantia na empresa para garantir nossa sustentabilidade e tranquilizá-los. Atendemos ao pedido e fornecemos essa quantia. E esta é a apresentação que fizemos à DCG", declarou Textor antes de saber do rebaixamento.

Tags

Notícias Relacionadas