Conmebol quer mudar eliminatórias da América do Sul para a Copa do Mundo de 2030

A Conmebol estuda a criação de um torneio, que substituirá as eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2030. A ideia é implementar uma competição com taça e premiação em dinheiro. A competição ainda está em fase embrionária e a definição deve ocorrer logo após o fim do Mundial de 2026, que será disputado no Canadá, Estados Unidos e México. 

A ideia principal é manter o mesmo formato das eliminatórias atuais, com o sistema de pontos corridos e todos contra todos em dois turnos. A diferença será adicionar um título e prêmios financeiros como incentivo para as equipes que já estarão classificadas para o Mundial de forma automática. Argentina, Paraguai e Uruguai serão sedes das primeiras partidas do Mundial de 2030, fazendo os três países ocuparem automaticamente três das seis vagas diretas da América do Sul, enquanto uma sétima vaga seria destinada à repescagem mundial. 

“Temeu-se pelo desinteresse das potências, mas as receitas falaram mais alto”, disse uma fonte da confederação, reforçando que há uma forte pressão das confederações locais para que cada time continue disputando nove jogos dentro de casa (como mandante), importante fonte de renda via direitos de transmissão e venda de ingressos. 

O modelo proposto busca se inspirar na Liga das Nações Feminina, usada como eliminatória para a Copa do Mundo de 2027. No torneio, nove equipes se enfrentaram em oito jogos, com as duas primeiras se classificando e a terceira e quarta disputando o play-off da FIFA. Entretanto, no torneio masculino, o campeonato seria maior, preservando todos os jogos tradicionais, contando com o diferencial de premiação e disputa de título. 

Além disso, a Conmebol ainda tentará convencer a Fifa a ampliar a Copa de 2030 para 64 seleções, uma proposta que enfrenta resistência, inclusive na América do Sul, onde cartolas acreditam que isso comprometeria as eliminatórias e seus nove jogos, fundamentais para receita e calendário.