Marido de Giovanna Lancellotti rebate Brunna Gonçalves e esclarece polêmica sobre posto de musa na Beija-Flor
Em um desabafo publicado em suas redes sociais, Gabriel abordou diversos pontos da polêmica
Foto: Reprodução/Redes sociais
Na última terça-feira (30), Gabriel David, filho do fundador e presidente de honra da Beija-Flor de Nilópolis, se manifestou publicamente sobre as acusações feitas por Brunna Gonçalves. A esposa de Ludmilla afirmou que perdeu o posto de musa na escola de samba em retaliação à ausência da cantora no casamento de Gabriel com a atriz Giovanna Lancellotti.
Presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (LIESA), Gabriel endossou a versão do presidente da Beija-Flor, Almir Reis, que já havia declarado que a saída de Brunna se deu por falta de participação nos eventos da escola e pelo pouco envolvimento com a comunidade.
Em um desabafo publicado em suas redes sociais, Gabriel abordou diversos pontos da polêmica e aproveitou para esclarecer o papel que sua esposa, Giovanna, exerce na agremiação.
“Cara, que loucura, sério. Acho que as pessoas fogem da vida real e começam a acreditar na própria mentira que contam na internet. Vamos aos pontos principais: primeiro, virou uma agressão não só a mim, não só à minha esposa, mas também à minha família. Virou uma agressão à minha escola do coração, à escola que meu pai criou junto com a comunidade de onde ele veio, com toda a história e com todo o amor do mundo”, iniciou ele.
Beija-Flor e o conceito de musa
Gabriel destacou que, ao contrário do que se pensa, a Beija-Flor não adota oficialmente o papel de "musa" entre suas figuras de destaque.
“A primeira coisa que eu queria que as pessoas entendessem, na posição de presidente da LIESA e como alguém que viveu muitos e muitos anos dentro da Beija-Flor, é o seguinte: a Beija-Flor nunca teve musas. Porque o lugar de prioridade na Beija-Flor sempre vai ser do povo, tá? E quem vai sempre mandar na Beija-Flor, quem vai sempre decidir pela Beija-Flor, vai ser a sua comunidade. Como é num samba, como sempre foi”, explicou.
Críticas à postura de Brunna
Brunna Gonçalves havia acusado o presidente Almir Reis de mentir ao alegar que sua destituição se deu por falta de presença, sugerindo que a verdadeira motivação foi a recusa de Ludmilla em se apresentar no casamento de Gabriel. O empresário refutou essa alegação, colocando em xeque o envolvimento real da ex-BBB com a escola.
“Então, assim, primeiro, Bruna, se você se sente num grau de importância, veja a relação das pessoas lá. Veja se realmente elas se sentiam abraçadas por você, se se sentiam prestigiadas por você quando você ia lá. Sobre a apresentação que você tentou colocar de uma forma diminuindo uma atriz, que faz seu trabalho todos os dias, isso é algo muito feio. Jamais a gente diminuiria a arte de alguém.”
Gabriel também comentou a participação de Giovanna em uma apresentação da Beija-Flor que gerou repercussão.
“A Giovanna foi fazer a apresentação porque as pessoas da comunidade, que estavam criando a coreografia, decidiram chamá-la. Então, mesmo no meio de 12 horas de gravação por dia, ela pegou o carrinho dela, foi até Nilópolis e ensaiou o que pediram para ela, sem questionar nada, apenas com o intuito de fazer o que a escola solicitou. Tenho certeza de que ela sempre vai fazer isso, pelo amor que entendeu que a minha família tem pela escola e que ela mesma criou ao longo desses anos. Então, esse papo de tentar diminuir alguém que está no palco em prol de uma comunidade é muito feio. Isso só mostra que, nesses anos todos de presença na Beija-Flor, você não entendeu nada do que a escola é, nem para quem ou por que a Beija-Flor existe.”
O papel de Giovanna Lancellotti na escola
Gabriel reforçou que sua esposa nunca ocupou o posto de musa, nem desempenhou funções que exigissem destaque no chão da escola.
“E, reforçando: a Giovanna nunca foi musa. Como já falei várias vezes, a Beija-Flor não tem esse papel de musa. Ela nunca foi destaque de chão, nunca teve posição que exigisse sambar na avenida. Apesar de muitos tentarem colocar ela no mesmo lugar de celebridades que ocupam esse papel em outras escolas, isso nunca foi verdade. A Giovanna ocupa um espaço específico que existe há mais de 40 anos, que é o lugar da minha família em um carro alegórico da Beija-Flor. Um espaço que já foi ocupado pela minha mãe, minhas irmãs, minha madrinha e outras pessoas da minha família. Hoje, ela ocupa esse lugar. Simples assim. Nunca tirou o espaço de ninguém, nunca concorreu a lugar nenhum.”
Acusações de retaliação são negadas
Sobre a suposta retaliação à ausência de Ludmilla no casamento, Gabriel negou qualquer mágoa por parte dele ou de Giovanna quanto ao show não realizado, mas pontuou um incômodo com a forma como a cantora cancelou sua participação como madrinha.
“Sobre o casamento: ninguém ficou chateado porque a Ludmilla não foi. Eu mesmo jantei com ela, conversamos sobre isso. O que deixou a Giovanna magoada foi o fato de a Ludmilla não ter tido a coragem de avisar diretamente que não poderia mais ser madrinha de um casamento para o qual já tinha aceitado o convite. Quanto ao show, nós nunca pedimos nada. Foi a própria Ludmilla, minha amiga, que ofereceu o show num jantar, muito antes de qualquer polêmica. Claro que aceitei. Depois, quando ela disse que não poderia fazer, eu respondi: ‘Tudo bem, tudo certo’. E realmente estava tudo bem. A única questão foi que ela nunca falou diretamente com a Giovanna sobre isso, nem pessoalmente quando se encontraram. E, para mim, é questão de educação.”
Falta de engajamento e tentativa de monetização
Gabriel ainda fez críticas diretas ao envolvimento limitado de Brunna com a escola, citando ausência em eventos e falta de ações básicas, como promover a venda de camisetas da agremiação. Segundo ele, houve ainda tentativas de obter retorno financeiro por meio da escola.
“Além da pouca presença e da falta de engajamento real com a escola, como divulgar a camisa, algo simples que nunca foi feito, ainda houve a tentativa de ganhar dinheiro em cima da escola. Não é só uma questão sobre você. Precisa ficar claro isso.”
Decisão da escola, não pessoal
Para concluir, Gabriel reafirmou que a decisão sobre quem ocupa lugar de destaque na avenida é da comunidade, e não baseada em critérios pessoais.
“Outras pessoas, que vieram de alas de passistas e desfilaram no último Carnaval, também não vão estar no chão. Isso comprova, mais uma vez, que a decisão é da escola e não está sendo respeitada. Tentam fazer parecer que é algo pessoal, sobre ela, quando não é o caso. A Flor em que eu cresci, a Flor em que fui criado a vida inteira, não é e nunca será sobre isso. (…) Só estou fazendo esse vídeo para não deixar que uma narrativa mentirosa continue acontecendo. No fundo do meu coração, não desejo mal a ninguém.”