Professora de Biologia morre depois de ser esfaqueada por aluno em sala de aula
Outras três educadoras e um aluno ficaram feridos. De acordo com a filha, Elisabete tinha a educação como propósito
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Elisabete Tenreiro, de 71 anos, professora da Escola Estadual Thomazia Montoro, morreu nesta segunda-feira (27) depois de ser esfaqueada por um aluno dentro da sala de aula. Outras três educadoras e um aluno ficaram feridos.
Elisabete teve uma parada cardíaca e não resistiu no Hospital Universitário, da USP. Ela era professora de Biologia e atuava na unidade desde o começo do ano.
De acordo com uma das filhas, ela era muito querida pelos alunos e tinha a educação como seu propósito.
"Ela era uma pessoa dedicada a lecionar, como propósito de vida. Ela achava que ela tinha essa missão, em um país com tanta falta de educação, se ela pudesse mudar a trajetória de um aluno, ela já ganhava com isso. Ela era muito querida por onde ela passou.", contou.
Nas redes sociais, Elisabeth costumava interagir com alunos e ex-alunos e fazer posts dinâmicos de dicas sobre biologia e química.
A professora também trabalhou no Adolfo Lutz como técnica e a partir de 2015 começou a dar aulas. Em 2020, se aposentou do Adolfon Lutz.
Câmeras de segurança mostram que os ataques ocorreram dentro da sala de aula. Nos registros, é possível ver o agressor atingindo umas das vítimas pelas costas. Em outro vídeo, uma professora imobiliza um aluno para salvar uma das vítimas.
No início da investigação, a polícia havia informado que dois alunos tinham sido atingidos. Porém, um deles foi socorrido em estado de choque, mas sem ferimentos.
A outra criança ferida sofreu um corte no braço e foi levada a um hospital da região. Segundo a mãe de outro aluno, ele tentou salvar uma das professoras e ficou ferido superficialmente.
Uma das professoras foi levada para o Hospital das Clínicas e o outra para o Hospital Bandeirantes.
Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, lamentou através das redes sociais. “Não tenho palavras para expressar a minha tristeza”, escreveu ele.
O prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), também lamentou o ataque. “Uma tragédia que nos deixa sem palavras”, disse.