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Operação que investiga fraudes em prefeitura prende nove suspeitos

Operação que investiga fraudes em prefeitura prende nove suspeitos

Justiça acatou pedido do MP para restabelecer prisões preventivas do investigados

| Autor: Redação

Foto: Divulgação

Nove investigados na ‘Operação Graft’, de combate a fraudes em licitações de prefeituras na Bahia, foram presos novamente na manhã desta segunda-feira (8). A ação é realizada pelo Ministério Público estadual, por meio de ação conjunta da 1ª Promotoria de Justiça de Euclides da Cunha e do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco). 

Eles foram presos nos municípios de Salvador (3), Euclides da Cunha (2), Araci (2) e Monte Santo (2). Os mandados das prisões preventivas foram decretados nesse domingo (7) em decisão liminar proferida durante o plantão judiciário do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).  

A Justiça acatou medida cautelar do MP contra a decisão de primeira instância que atendeu ao recurso interposto pela defesa dos investigados e concedeu alvará de soltura durante audiência de custódia. Os investigados tiveram que pagar de fiança e atender a outras medidas cautelares diversas da prisão preventiva, como o monitoramento eletrônico. 

Esquema ilegal
De acordo com a informações do MP estadual, os suspeitos operavam esquema de fraudes seriadas e sistêmicas em procedimentos de licitações realizados pela Prefeitura de Euclides da Cunha, por meio de manipulações das informações nos Diários Oficiais do Município, a fim de afastar possíveis empresas concorrentes.  

Foram identificadas 14 licitações fraudadas ao longo dos anos de 2020 e 2021. Em apenas dois certames, os valores se aproximam a R$ 5 milhões, dos quais R$ 3,1 milhões não chegaram a ser contratados em razão de ação preventiva do MP junto ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). São apurados crimes de organização criminosa, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, falsidades documentais e frustração do caráter competitivo de licitação. 

As investigações apontam  ainda que o esquema funciona há pelo menos dois anos e que os envolvidos manipulam dados do Diário Oficial do Município, inviabilizando a publicidade das licitações e impossibilitando que empresas não envolvidas no esquema tenham conhecimento da realização da sessão de licitação. Somente após realizada a sessão de licitação fraudada, que se inseria, retroativamente, o documento na plataforma dos Diários Oficiais da Prefeitura, forjando-se uma falsa publicidade.

A operação para prender novamente os investigados contou com o apoio das Polícias Civil, por meio do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) e da 25ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin); Militar e Rodoviária Federal. 

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