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Criança trans de 12 anos tem sua casa apedrejada em Poções, Bahia

Criança trans de 12 anos tem sua casa apedrejada em Poções, Bahia

os ataques começaram na escola onde ele estuda, após receber o apoio da mãe para reivindicar o direito de ser chamado pelo seu nome social.

| Autor: Redação

Foto: Dilvulgação

De acordo com informações, uma criança transgênero de 12 anos, teve sua casa apedrejada, em Poções, sudoeste da Bahia. De acordo com a família, os ataques começaram na escola onde ele estuda, após receber o apoio da mãe para reivindicar o direito de ser chamado pelo seu nome social. 

O apedrejamento aconteceu pelo menos quatro vezes na última semana, e além disso, a família do menino teria sido ameaçada constatemente, e também gritaram ofensas contra a criança. 

“Algumas vezes passaram aqui e falaram para meu filho sair “para ver se ele é homem mesmo”. Outros passam e gritam “veado”. No ataque mais grave eles quebraram minha janela com uma pedrada", afirmou a mãe. 

A mãe da criança ainda afirmou que a escola também se resuca a chamar o jovem pelo nome social, mas, segundo informações repassadas pela secretaria, o estudante precisaria de uma ordem da prefeitura para que se cumprisse a regulamentação.

O Ministério Público Estadual, está a frente das investigações e já notificou a Secretaria de Educação sobre o caso, “para que o órgão informe, no prazo de dez dias úteis, quais medidas estão sendo adotadas para a proteção do adolescente e se já expediu alguma orientação às escolas quanto à adoção do nome social dos estudantes”. 

De acordo com o MP-BA, o pivô da notícia ter se espalhado, se deu através de um pastor, que etria incentivado trasnfobia e ódio a criança. O MP-BA, também está a procura para identificar os envolvidos. 

 Luciana Silva, presidente da Ordem dos Adbvogados do Brasil (OAB), de Vitória da Conquista, também está a frente do caso disse: 

"A OAB vem acompanhando esse caso em três vertentes. Uma é sobre a situação da negativa do nome social, que já é um direito garantido. A outra vertente é sobre os ataques que os familiares desse adolescente vem sofrendo, incitados por um pastor evangélico e isso também constitui crime". 

Luciana ainda afirma que mesmo sem uma lei municipal, existem uma série de normativas que dão direitos ao adolescente.

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