Câmara de Salvador aprova reajuste dos servidores em meio a protestos
Votação ocorreu a portas fechadas e gerou insatisfação entre sindicalistas
Foto: Antonio Queiros/CMS
A Câmara Municipal de Salvador aprovou, nesta quinta-feira (22), o reajuste salarial dos servidores municipais ativos, inativos e pensionistas. A votação, realizada em sessão extraordinária, ocorreu a portas fechadas após um intenso embate entre vereadores e sindicalistas. O projeto prevê um aumento de 4,83% nos vencimentos dos funcionários públicos, válido até abril de 2026, enquanto os professores terão reajustes escalonados entre 6,27% e 9,25%.
A decisão gerou forte reação da categoria docente, representada pela APLB-Sindicato, que critica a falta de inclusão do piso salarial nacional no projeto. Além disso, parte da bancada de oposição se absteve da votação, alegando discordância com o método adotado. No total, 33 votos foram contabilizados, e todas as emendas apresentadas foram rejeitadas.
Do lado de fora da Casa Legislativa, servidores protestaram contra a medida, formando uma barricada humana para impedir o acesso de jornalistas e assessores ao plenário. Apesar da manifestação, a sessão seguiu normalmente, sendo interrompida por 30 minutos para a análise do parecer nas comissões de Constituição e Justiça (CCJ), Fiscalização, Orçamento e Finanças (CFOF) e Educação.
O clima de tensão culminou em cenas de agressão entre manifestantes e vereadores. O parlamentar Sidninho (PP) chegou a ser mordido na mão durante o tumulto, e sindicalistas foram retirados do plenário. Apesar da confusão, o reajuste foi aprovado e entrará em vigor a partir deste mês.