Rivaldo Barbosa assumiu chefia da Polícia um dia antes da morte de Marielle
Delegado é suspeito de ter combinado não investigar o caso
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Preso neste domingo (24) sob suspeita de ligação com a morte da vereadora Marielle Franco, o delegado Rivaldo Barbosa foi designado como chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro pouco antes do crime. Sua nomeação para o cargo ocorreu, em 22 de fevereiro, durante a intervenção federal no Rio, e ele assumiu oficialmente em 13 de março de 2018, uma dia antes da morte de Marielle.
Rivaldo Barbosa é mencionado na delação de Ronnie Lessa e já foi alvo de suspeitas relacionadas ao suposto recebimento de propina para obstruir o desenrolar do caso.
Em um relatório encaminhado ao Ministério Público em 2019, a Polícia Federal apontou Rivaldo como possível beneficiário de R$ 400 mil para dificultar as investigações sobre a autoria do crime. No entanto, ele negou veementemente as alegações de ter recebido suborno ou de ter interferido no andamento do caso.
A mãe de Marielle, Marinete da Silva, afirmou que a vereadora confiava em Rivaldo, citando que ela já havia auxiliado o delegado a acessar a região da Maré em ocasiões anteriores. "Ele afirmou que era uma questão de honra para ele resolver esse caso", disse ela em entrevista à GloboNews.
Segundo informações coletadas através da delação de Ronnie Lessa, Rivaldo estava ciente do crime e "assegurou que o assassinato não seria punido". Essa informação foi divulgada pela Globonews.