Mulher presa por homofobia faz novo ataque após deixar prisão
Jornalista foi levada à delegacia após ataques homofóbicos
Foto: Reprodução / Redes Sociais
A jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira, presa em flagrante no sábado (14) após proferir falas homofóbicas em um shopping de luxo em São Paulo, proferiu novos ataques um dia depois de deixar a prisão, em um condomínio na região central do estado.
"É revoltante saber que essa mulher foi solta após cometer um crime e voltou a agir com ódio e intolerância, agora diretamente comigo e meus amigos. Isso é a prova de que a impunidade alimenta o preconceito", lamentou o analista de comunicação Gustavo Leão, uma das vítimas.
Adriana deixou a prisão no domingo (15), depois de a Justiça de São Paulo conceder liberdade provisória durante uma audiência de custódia.
Gustavo, em entrevista ao G1, contou como as ofensas voltaram, agora no condomínio onde moram. Segundo ele, a jornalista disse que onde vivem "só moram bicha, gay e homossexual", quando confrontada por um morador.
"Meu amigo estava trabalhando de home office, abriu a porta e pediu respeito. Nisso, as ofensas pioraram. Inclusive, a vizinha da frente abriu a porta para ver o desentendimento. Ele desceu com ela no elevador, pois iria avisar a administração do condomínio. Eu estava no térreo recebendo encomenda", disse.
Na gravação, é possível ver o comportamento agressivo de Adriana, com tom de deboche e ironia: "Eu vou fazer musculação para dar o c...", "Boiola depilada", "Olha a gaiola das loucas", "Dá o c..., boiola". Em um momento, a mulher apontou que Gustavo e os outros homens "faziam sexo a noite toda".
Durante todo o episódio, Adriana fazia os comentários homofóbicos com naturalidade, ignorando as vítimas e até fazendo brincadeiras com a situação.