Morre o cantor e compositor Arlindo Cruz, aos 66 anos
Artista vivia desde 2017 com sequelas de um AVC
Foto: Bruno Poletti/Folhapress
Nesta sexta-feira (8), o cantor e compositor Arlindo Cruz, de 66 anos, morreu no Rio de Janeiro devido a complicações causadas por um quadro de pneumonia, de acordo com informações da família. O artista, que foi um dos maiores nomes do samba, vivia desde 2017 com sequelas de um AVC, além de ser portador de uma doença autoimune.
O cantor faleceu no hospital Barra D'Or, na Zona Oeste do Rio, onde estava internado para tratar um quadro de pneumonia. A saúde de Arlindo estava extremamente debilitada desde 2017, quando ele sofreu um acidente vascular cerebral hemorrágico, precisando passar quase um ano e meio internado.
A partir daí, o cantor conviveu com sequelas da doença e sucessivas internações devido a pioras no seu estado de saúde.
Carreira
Nascido em 14 de setembro de 1958, Arlindo Cruz iniciou a carreira artística em 1981, com participações em rodas de samba do Cacique de Ramos, ao lado de artistas como Jorge Aragão e Almir Guineto, no Rio de Janeiro.
Arlindo fez sucesso primeiramente como compositor, com suas letras eternizadas na voz de diversos artista na década de 1990, como Zeca Pagodinho e Beth Carvalho, por exemplo. Zeca gravou "Bagaço de Laranja", "Casal Sem Vergonha", "Dor de Amor" e "Quando eu te vi Chorando", enquanto Beth deu voz a “Jiló com Pimenta”, “Partido Alto Mora no meu Coração” e “A Sete Chaves”.
Nesse mesmo período, Arlindo Cruz passou a cantar as próprias composições e ficou ainda mais conhecido quando substituiu Jorge Aragão e entrou para o grupo Fundo de Quintal, onde ficou por 12 anos. Na banda Arlindo gravou sucessos como “Seja sambista também”, “Só Pra Contrariar”, “Castelo Cera”, “O Mapa da Mina” e “Primeira Dama”.
Contudo, o cantor despontou quando iniciou sua carreira solo, em 1993. Entre 1996 e 2002, em parceria com o músico Sombrinha, Arlindo Cruz lançou cinco álbuns.
O grande destaque veio em 2009 com "o DVD MTV ao Vivo: Arlindo Cruz", que vendeu cem mil cópias. Em 2011, lançou o CD “Batuques e Romances". Em 2012, gravou mais um CD e DVD ao vivo, “Batuques do Meu Lugar”.
O último projeto artístico do cantor antes do AVC foi Pagode 2 Arlindos, feito em 2017 com o filho Arlindinho.