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Juiz Federal da Lava Jato é flagrado furtando garrafas de champanhe em supermercado

Juiz Federal da Lava Jato é flagrado furtando garrafas de champanhe em supermercado

Eduardo foi suspenso e agora responde a processo administrativo disciplinar

| Autor: Redação - Varela Net

Foto: Reprodução / Redes Sociais

O juiz federal Eduardo Appio, titular da 18ª Vara Federal de Curitiba, foi flagrado por câmeras de segurança furtando garrafas de champanhe de um supermercado em Blumenau, em Santa Catarina. O episódio que havia acontecido no início de 2025 veio a público em outubro e resultou no afastamento do magistrado e na abertura de um processo administrativo disciplinar. 

Nas gravações, Appio aparece vestindo camiseta azul e bermuda enquanto caminha nos corredores do local. Em um determinado momento, ele se dirige à área de Bebidas, pega uma garrafa de champanhe refinado, avaliado em R$ 400, e segue andando pelo local. Rapidamente, a garrafa é colocada dentro de uma sacola. 

As imagens mostram o juiz descendo as escadas que dão para o estacionamento, quando é interceptado por seguranças do supermercado antes de deixar o local. Ele retorna para dentro do supermercado e é encaminhado a uma sala reservada, onde a bebida é retirada da sacola e colocada sobre a mesa. O magistrado apresenta um cartão para os funcionários, mas é fichado na Polícia Civil. 

As investigações apontam que esse não teria sido somente um caso isolado. Outras gravações antigas mostram dois episódios anteriores envolvendo o juiz, onde o mesmo segue com a mesma conduta. Os outros registros seriam de setembro e do início de outubro. A identificação do magistrado ocorreu após o registro de um boletim de ocorrência que relatava o furto de duas garrafas de champanhe da marca Moët.

O documento mencionava que o suspeito deixou o local dirigindo um Jeep Compass Longitude, cuja placa foi anotada por funcionários do supermercado. Após consulta, a polícia confirmou que o veículo estava registrado em nome de Eduardo Appio. O juiz foi suspenso pela Corte Especial Administrativa do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que instaurou procedimento para apurar a conduta do juiz e avaliar eventuais sanções.

Atualmente, ele atuava em uma vara com competência para julgar ações previdenciárias. Em 2023, o magistrado chegou a integrar processos relacionados à Operação Lava Jato, mas foi afastado dessas atividades pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que posteriormente confirmou sua remoção definitiva.

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