Jogador, vítima de racismo, reage à ofensa e sofre punição maior do que a do agressor
Caso aconteceu na partida entre Batel Guarapuava e Nacional-PR
Foto: Reprodução/FPF TV
O Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) finalizou o julgamento do caso de racismo na partida entre Batel Guarapuava e Nacional-PR pela Taça FPF. A justiça condenou o atleta Paulo Vitor, vítima que sofreu a discriminação, com uma pena maior do que a do acusado.
Na ocasião, o volante Diego, do Batel, chamou o zagueiro adversário de "macaco" durante uma discussão em campo. O jogador ofendido reagiu com um cuspe e um soco no adversário, que caiu no gramado e precisou de atendimento.
Depois do julgamento, que durou cerca de quatro horas, a decisão condenou Diego a 7 jogos de suspensão e multa de R$ 2 mil. O agora ex-volante, demitido por justa causa após o incidente, alegou que teria xingado Paulo Vitor de "malaco" e não "macaco". A versão não foi aceita pela corte.
A surpresa, no entanto, veio diante da decisão da punição para o zagueiro do Nacional, que acabou sendo mais pesada do que a de seu agressor. Ele foi denunciado por uma cusparada e pelo soco, mas mesmo negando o cuspe, acabou suspenso por 10 jogos na soma das punições.
O próprio jogador se pronunciou através das redes sociais lamentando o resultado do julgamento.