Irmã de Juliana Marins afirma que família soube da autópsia pela imprensa
Médico legista concedeu coletiva de imprensa antes que parentes tivessem acesso ao laudo
Foto: Reprodução / Redes Sociais
A irmã de Juliana Marins, turista brasileira de 26 anos que morreu após cair de um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, criticou duramente a condução das autoridades locais sobre a divulgação das informações sobre a morte da jovem. Em vídeo publicado nas redes sociais nesta sexta-feira (27), Mariana Marins revelou que a família foi surpreendida ao descobrir detalhes da autópsia pela imprensa, antes mesmo de ter acesso oficial ao laudo médico.
“Minha família foi chamada lá no hospital para poder receber o laudo, porém, antes que eles chegassem, antes que eles tivessem acesso a este laudo, o médico legista achou de bom tom fazer uma coletiva de imprensa para falar para todo mundo que estava dando o laudo, em vez de falar para a família antes. É absurdo atrás de absurdo, e não acaba mais”, desabafou Mariana.
A coletiva foi concedida pelo médico legista Ida Bagus Alit, que afirmou que Juliana possivelmente sobreviveu por até quatro dias após a queda, ocorrida no sábado (21). Segundo ele, a morte teria acontecido entre 1h e 13h da quarta-feira (25), no horário local, com base nos sinais observados no corpo da vítima.
Ainda no vídeo, Mariana agradeceu o apoio recebido após a tragédia e destacou o carinho da irmã pela cidade onde cresceu. “Eu agradeço muito todo o apoio de todo mundo, todo o carinho, todos os abraços, todos os corações que vocês deixaram aqui para a gente, compartilharam com a gente durante este período”, disse.
Ela também ressaltou que a Prefeitura de Niterói, no Rio de Janeiro, está custeando o translado do corpo de Juliana para o Brasil. “Juliana amava Niterói, era apaixonada pelas praias da cidade. É muito bonito ver essa atitude da prefeitura em relação à Juliana”, afirmou emocionada.
A morte da jovem causou comoção nas redes sociais e levanta questionamentos sobre os procedimentos adotados pelas autoridades indonésias no atendimento a turistas em situações de risco.