Homem que brigou com deputado do PT já tem passagem pela polícia

O homem que se envolveu em confronto físico com o deputado estadual Renato Freitas (PT), em Curitiba, já havia sido preso anteriormente. Segundo a imprensa local, trata-se de um jovem de 25 anos chamado Weslley, que foi detido pela Polícia Militar do Paraná em 2023.

Na ocasião, Weslley foi flagrado com embalagens vencidas de essências para narguilé em uma tabacaria, crime classificado como contra a economia popular.  A prisão ocorreu exatamente dois anos antes da briga com o deputado, também em 19 de novembro. 

Quanto ao episódio recente, vídeos que viralizaram mostram o deputado Renato Freitas trocando socos e chutes com Weslley. Freitas afirmou que reagiu a ofensas racistas feitas pelo outro homem. Ele relatou que o confronto começou depois de um motorista avançar com o carro sobre ele e uma amiga, ambos negros.

A briga repercutiu politicamente: Freitas afirmou que foi vítima de racismo e contou que o episódio remete a experiências de sua infância. Por outro lado, o homem envolvido na confusão já carrega histórico policial, o que complexifica o debate público sobre responsabilidade e motivação.

O confronto ocorreu na manhã de quarta-feira (19), no Centro da capital paranaense. Segundo Freitas, a agressão teria começado após o homem tentar atropelá-lo com um carro; em seguida, os dois trocaram socos e chutes em plena rua. O deputado afirmou que a briga teve motivação racista e política. Ele sofreu ferimentos e suspeita de fratura no nariz.

Do outro lado, o homem que aparece nas imagens da briga se apresenta nas redes sociais como artista e educador físico. Após a repercussão, seu perfil no Instagram acumulou novos seguidores, e ele chegou a curtir publicações que comentavam o episódio. O advogado dele minimizou o caso, dizendo que a ocorrência era “tão insignificante” que não valia a pena discutir.

Depois da briga, a repercussão política foi imediata. A Assembleia Legislativa do Paraná recebeu pelo menos quatro representações contra Freitas por possível quebra de decoro, e o caso pode ser analisado pelo Conselho de Ética. Em vídeo nas redes sociais, o deputado afirmou que não se considera “nem vítima, nem algoz”, mas um sobrevivente, e relacionou a agressão a um histórico de violência e racismo que, segundo ele, marca sua vida.