Ex-deputada Floderlis sofre AVC na prisão e defesa pede transferência para hospital
Advogada revelou que a direção da unidade já admitiu que não tem condições de cuidar da pastora
Foto: Brunno Dantas/TJRJ
Logo após seu nome estampar os noticiários devido a um suposto relacionamento lésbico, a ex-deputada e pastora Flordelis, de 65 anos, acabou sofrendo um princípio de Acidente Vascular Cerebral (AVC) dentro da Penitenciária Talavera Bruce, no Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio. O episódio ocorreu na quinta-feira (18), quando a mesma desmaiou e foi levada para a UPA do presídio. Logo após ser estabilizada, a pastora retornou à sua cela, mas sem acompanhamento médico. Devido a isso, sua defesa relatou que a direção da unidade já admitiu não ter condições de cuidar de Floderlis.
A advogada da ex-deputada afirmou que irá ingressar nesta sexta-feira (19) com um pedido na Vara de Execuções Penais para que Flordelis seja internada em um hospital particular urgentemente. A pastora que possui plano de saúde, tem sua defesa pedindo que seu acompanhamento ocorra fora do sistema prisional.
“Flordelis saiu da UPA ainda passando mal, com fortes dores de cabeça, vomitando e falando com a língua enrolada. Como é que dão alta para uma mulher nesse estado?”, questionou Janira. “A própria unidade já avisou que não tem recursos para tratá-la. Vão esperar que ela morra para tirá-la de lá?”, completou.
Em uma visita no último domingo, o namorado da ex-deputada, Allan Soares, e uma amiga chamada Paula Barros acompanharam de perto o quadro delicado. Segundo informações dadas ao jornal O Globo, Flordelis estava deitada, debilitada, com a fala prejudicada e episódios de vômito. Em determinado momento, teria convulsionado diante deles. “Se não fizerem alguma coisa rapidamente, Flordelis vai morrer na penitenciária”, disse Allan.
Não é a primeira vez que Flordelis alerta para sua saúde. Em fevereiro deste ano, ela enviou uma carta na qual afirmava estar adoecendo na prisão. “Estou tendo desmaios, dores fortes, minha saúde está se deteriorando a cada dia. Sinto que estou morrendo aqui dentro”, escreveu. O documento, que chegou à Justiça por meio da defesa, também já citava uma suposta insuficiência do atendimento médico no presídio.