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Empresário que matou gari afirma em entrevista que vítima foi atingida por “bala perdida”

Empresário que matou gari afirma em entrevista que vítima foi atingida por “bala perdida”

Renê da Silva, preso em Minas Gerais, admite que estava armado no dia do crime, mas nega ter efetuado o disparo que matou o trabalhador após uma discussão de trânsito

| Autor: Redação - Varela Net

Foto: Reprodução/@roberto_cabrini_jornalista

Em entrevista exibida neste domingo (29) pelo Domingo Espetacular, da Record, o empresário Renê da Silva, réu pela morte do gari Laudemir de Souza, voltou a negar ter atirado contra a vítima durante uma discussão de trânsito em Belo Horizonte, no dia 11 de agosto deste ano. O caso é investigado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que acusa Renê de homicídio qualificado.

A entrevista foi concedida no Presídio de Caeté, na Grande BH, onde o empresário está preso preventivamente. Na conversa, Renê classificou a morte de Laudemir como “um incidente”.

“O incidente pode ter acontecido. Até onde posso dizer, por causa do processo e orientação dos advogados, posso admitir que aconteceu um incidente”, afirmou.

Apesar de admitir que estava armado no dia do crime e que passou pelo local no momento do disparo, o empresário sustentou que não efetuou o tiro.

“Provavelmente foi um acidente com a vítima. Uma bala perdida pegou na vítima”, declarou.

Discussão de trânsito

Segundo a investigação, a morte ocorreu após uma discussão de trânsito envolvendo Renê e o gari. A testemunha que trabalhava com Laudemir no momento da ocorrência afirmou à Record que não há dúvidas sobre a autoria do disparo:

“Com certeza foi ele. Não tenho qualquer dúvida. Nenhuma, nenhuma. Nem parou. Atirou e foi embora”, disse.

Renê, no entanto, negou que estivesse alterado ou irritado durante o desentendimento:

“Se batesse o carro, era só uma porta, não a vida de uma pessoa.”

Rotina pós-crime

O empresário também explicou por que manteve sua rotina mesmo após a morte de Laudemir, o que foi apontado pelo MP como comportamento incompatível com quem testemunhou um homicídio.

“Fui trabalhar normal no dia, fiz o que fiz com os cachorros e fui para a academia, como sempre fazia no almoço. Eu não poderia mudar minha rotina por algo que eu não fiz”, afirmou.
“Eu não sou esse cara que falam: matou e foi pra academia.”

Acusações e defesa

Durante a entrevista, Renê também acusou garis que testemunharam o crime de atuarem em “conluio” para obter vantagens financeiras:

“No primeiro mês, a família me pediu R$ 8 milhões.”

O caso segue em investigação pelo Ministério Público e pela Polícia Civil de Minas Gerais.

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