Desemprego recua para 6,2% em maio e atinge menor nível para o período desde 2012
Taxa de desemprego é a mais baixa para o período desde o início da série histórica
Foto: Reprodução
A taxa de desemprego no Brasil recuou para 6,2% no trimestre encerrado em maio de 2025, registrando o menor indíce para o período desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2012. O número fica muito próximo ao recorde absoluto de 6,1%, alcançado no trimestre terminado novembro de 2024.
O resultado reflete uma melhoria significativa no mercado de trabalho, com redução do número de desempregados, que somaram 6,8 milhões de pessoas, 12,3% a menos em comparação ao mesmo período do ano passado. A queda na taxa de desocupação foi expressiva, já que no trimestre anterior, encerrado em fevereiro de 2025, o índice era de 6,8%. Quando comparado ao mesmo período de 2024, a redução foi de 7,1%.
Além do recuo na taxa de desemprego, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) revelou dados positivos também em outras frentes. O número de trabalhadores com carteira assinada atingiu um recorde histórico, com 39,8 milhões de pessoas no setor privado, marcando um crescimento de 3,7% em relação ao ano passado.
Outro ponto destacado pela pesquisa foi a diminuição da informalidade no mercado de trabalho, com a taxa de trabalhadores informais caindo para 37,8% — um índice inferior ao registrado nos trimestres anteriores. A melhoria na formalização também se refletiu no aumento do número de trabalhadores autônomos com Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), que subiu 3,7%, somando mais 249 mil profissionais formalizados.
O Brasil terminou o período com 103,9 milhões de pessoas ocupadas, um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior, o que indica um mercado de trabalho em expansão. Mesmo com esses avanços, a pesquisa também mostrou uma queda no número de desalentados — aqueles que, por desmotivação, nem buscam mais emprego — atingindo o menor nível desde 2016.
Para o IBGE, o desempenho positivo do mercado de trabalho reflete uma recuperação consistente da economia brasileira, embora a taxa de informalidade ainda permaneça alta, representando 39,3 milhões de trabalhadores informais. De acordo com a pesquisa, o Brasil registrou o maior número de trabalhadores por conta própria da história, somando 26,1 milhões, sendo 25,2% dos ocupados com esse perfil.
Os resultados indicam que, embora o Brasil viva uma recuperação econômica, desafios como a redução da informalidade ainda precisam ser enfrentados para consolidar uma economia mais estável e inclusiva.