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Defesa de Oruam acusa delegado de abuso e solicita restituição de joias apreendidas

Defesa de Oruam acusa delegado de abuso e solicita restituição de joias apreendidas

Representação também denuncia falhas formais no procedimento policial

| Autor: Redação - Varela Net

Foto: Reprodução

A equipe jurídica do rapper Oruam protocolou uma representação formal contra o delegado Moyses Santana, responsável pela operação policial que resultou na apreensão de diversos pertences do artista em sua residência, localizada no bairro do Joá, zona oeste do Rio de Janeiro.

Segundo a defesa, os itens recolhidos, incluindo um anel, quatro pingentes, quatro próteses dentárias, 11 cordões e um relógio de ouro, não têm qualquer vínculo com o inquérito que apura um suposto disparo de arma de fogo durante um show realizado em Igaratá, interior de São Paulo, em dezembro de 2024.

O advogado Siro Darlan, que representa Oruam, classificou a ação como uma “pescaria probatória”, termo utilizado para descrever investigações sem objetivo específico, que buscam provas de forma genérica. Ele solicitou ao Ministério Público do Rio de Janeiro a abertura de investigação contra o delegado por abuso de autoridade.

“É uma guerra contra os comunicadores da periferia; fizeram a mesma coisa com o Poze”, afirmou Darlan, em referência ao caso do também rapper MC Poze, que teve joias apreendidas em uma operação semelhante, posteriormente devolvidas.

A representação também denuncia falhas formais no procedimento policial. De acordo com os advogados, o laudo de apreensão carece de fotografias e de uma descrição precisa dos objetos retirados da residência. Outro ponto contestado é a transferência do caso da Delegacia de Crimes da Internet, em São Paulo, para a Delegacia de Entorpecentes, no Rio de Janeiro, mudança considerada pela defesa como irregular.

A equipe jurídica ainda acusa a polícia de ter apreendido, além de bens do artista, celulares pertencentes à mãe de Oruam, Márcia Gama dos Santos Nepomuceno, e itens de uso pessoal de sua irmã, que é pessoa com deficiência.

O documento encaminhado ao Ministério Público pede a responsabilização do delegado Moyses Santana, com possíveis sanções que incluem multa, detenção ou até mesmo a perda do cargo.

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