Cardiologista diz que Faustão respira por aparelhos e revela: 'Suas chances são mínimas'
Médico disse que apresentador tem gravidade 9,5
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O famoso apresentador de TV Fausto Silva, o Faustão, segue internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde o último dia 21 de maio, para se curar de uma grave infecção bacteriana que evoluiu para sepse. O apresentador está atualmente entubado na UTI, precisando respirar via aparelhos de ventilação mecânica e contando com cuidados intensivos. As informações são do médico cardiologista Elisiário Júnior, que comentou sobre o caso no podcast Ielcast.
Segundo o médico, o apresentador não tem forças para respirar espontaneamente e depende de aparelhos, necessitando receber medicações para manter a pressão arterial estável e antibióticos fortes. "Ele deve estar com muitas bactérias resistentes, daí o tempo prolongado de internação hospitalar. Perceba que ele está internado desde o dia 21 de maio deste ano, então é algo realmente muito preocupante. Infelizmente, as chances do Faustão são mínimas".
Nos últimos dias, Faustão passou por duas cirurgias de alta complexidade em sequência. Em 6 de agosto, recebeu um transplante de fígado. No dia seguinte, 7 de agosto, foi submetido a um retransplante renal, planejado há cerca de um ano. Ambos os órgãos vieram de um mesmo doador, um familiar do ex-apresentador da Globo, o que justifica ele não ter precisado entrar na fila para receber os órgãos.
O cardiologista acredita que o processo de recuperação esteja sendo mais complicado por conta da dificuldade necessária de realizar dois procedimentos tão invasivos em um pequeno intervalo de tempo, especialmente pelo histórico de cirurgias anteriores de Faustão.
Esses transplantes se somam a outros dois que o apresentador havia feito recentemente: um transplante cardíaco em agosto de 2023 e um transplante de rim em fevereiro de 2024, que apresentou episódios de rejeição e exigiu sessões de hemodiálise.
Logo, ao todo, Faustão já passou por quatro transplantes em apenas dois anos: coração, dois rins e fígado. Para Elisiário Júnior, quanto mais órgãos transplantados, mais grave o quadro, especialmente diante de uma infecção ativa. Ele explica que o caso configura uma falência múltipla de órgãos, o que ele classificou como “um nível 9,5” numa escala de gravidade de 0 a 10.
"A possibilidade de morte do Faustão nos próximos semanas, nos próximos dias, ela é grande. Não tem a menor dúvida. É uma possibilidade muito grande do Faustão vir a óbito. Pela gravidade, pelo conjunto da obra. Isso corroborado pelo fato dele estar em sepse. Embora um pouco controlada com o uso de antibióticos, é um paciente imunodeprimido. [Neste caso] nós temos que utilizar as medicações que modulam a questão da rejeição e, ao mesmo tempo, nem sempre o antibiótico consegue debelar. Então, é um paciente extremamente grave, não tenha dúvida", afirmou o cardiologista.