Bomba em São Paulo: motorista da carreta confessa ter mentido e vai responder criminalmente

O caso da bomba em São Paulo, que paralisou o Rodoanel, ganhou novos capítulos inesperados. O motorista da carreta que foi atravessado na rodovia, Dener Laurito dos Santos, confessou na quarta-feira (19) à Polícia Civil que inventou a história de estar sendo refém de uma bomba colocada em sua cabine após um sequestro, no dia 12 de novembro. Inicialmente, ele alegou que havia sido amarrado a um artefato explosivo dentro da cabine, entretanto, durante o depoimento, ele havia simulado toda a situação. 

Segundo a polícia, Dener criou um simulacro de bomba usando materiais encontrados na própria cabine, como fio de fone, fita crepe e um tubo de gás. Ele mesmo se amarrou na cabine e forjou o crime, consequentemente causando uma paralisação na via por 5 horas, gerando um congestionamento de 40 km. 

Após ser confrontado com imagens e provas que desmentiram sua versão inicial, Dener foi indiciado por falsa comunicação de crime, que, conforme o artigo 340 do Código Penal, prevê pena de detenção de 1 a 6 meses ou multa. 

A polícia descartou a presença de explosivos no local e, após o esclarecimento do caso, liberou o trânsito no Rodoanel. A investigação segue para apurar as motivações do motorista, que afirmou estar passando por acompanhamento psicológico.