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Após megaoperação, governador do Rio afirma: “de vítimas lá só tivemos os policiais”

Após megaoperação, governador do Rio afirma: “de vítimas lá só tivemos os policiais”

Declaração foi dada nesta quarta-feira (29), após um encontro no Palácio Guanabara

| Autor: Redação - Varela Net

Foto: Reprodução/Redes sociais

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, classificou como um “sucesso” a megaoperação conjunta das Polícias Militar e Civil contra o Comando Vermelho (CV), que resultou em ao menos 124 mortos. Segundo o governador, “de vítimas lá só tivemos os policiais”. A declaração foi dada nesta quarta-feira (29), após um encontro no Palácio Guanabara com governadores de direita e autoridades da área de segurança pública.

Enquanto Castro concedia entrevista, cerca de 60 corpos eram levados para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio. Os corpos foram posteriormente removidos e encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para identificação e reconhecimento por familiares.

Durante o pronunciamento, o governador destacou que a reunião com outros líderes estaduais serviu para discutir o impacto de decisões judiciais sobre o avanço das facções criminosas no Rio. “Fiquei feliz em ver que todos eles perceberam o impacto de algumas ações judiciais no crescimento dessas organizações criminosas no Rio. Os governadores percebem isso claramente. Vejo como o início de um novo momento em que poderemos livrar os fluminenses, mas também os brasileiros, da criminalidade. Nós não furtaremos de fazer a nossa parte, mostramos um duro golpe na criminalidade”, afirmou.

Castro também criticou o que chamou de “politização das operações” e defendeu o apoio técnico do governo federal nas ações de segurança. “Eu queria deixar uma fala muito clara. O governador desse estado e nenhuma secretaria vai ficar respondendo qualquer ministro ou outro agente que queira transformar esse momento em uma batalha política”, disse.

O governador reforçou ainda o pedido por cooperação e criticou tentativas de polarização. “Quem quiser somar, estará muito bem-vindo. Aos outros, o nosso único recado é suma. Ou soma, ou suma. Não entraremos nessa armadilha de ficar querendo polarizar ou politizar uma das maiores ações que já fizemos. Esperamos um foco no Rio de Janeiro, de integração e de financiamento, já que há tanta preocupação, espero que eles nos ajudem sim”, declarou.

Encerrando o discurso, Castro afirmou que o enfrentamento ao crime organizado deve ocorrer de forma técnica e coordenada entre os estados. “Os governadores têm muito a percepção de que grande parte das lideranças criminosas de seus estados passa por aqui. Toda ajuda será bem-vinda, mas será técnica e ordeira, sem politicagem”, concluiu.

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